O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) enfrenta um processo de cassação na Câmara dos Deputados, depois de o Conselho de Ética aprovar, por 13 votos a 5, o parecer que recomenda a perda de seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
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O episódio que motivou a representação ocorreu em abril de 2024, quando Braga expulsou, com empurrões e chutes, o militante Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL), das dependências da Câmara. Registrado em vídeo, o incidente foi amplamente divulgado nas redes sociais.
Em resposta à decisão do conselho, o parlamentar fez greve de fome, sob a alegação de que a medida é um protesto contra “injustiça”. “Estou em jejum no dia de hoje e vou permanecer sem alimentação como uma forma de denúncia e como uma tática de enfrentamento radical ao que está acontecendo”, declarou Braga, em suas redes sociais.

Contudo, a situação atual de Braga contrasta com sua postura em relação a adversários políticos. Ao longo de sua carreira, o deputado fio crítico e apoiou ou solicitou a cassação de diversos parlamentares e figuras públicas.
Os alvos de Glauber Braga


Entre os alvos de suas investidas estão a deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a ex-ministra do governo Bolsonaro Damares Alves, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-procurador Deltan Dallagnol, o ex-juiz Sergio Moro e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Braga justificava seus pedidos de cassação com base em alegações de corrupção, abuso de poder ou condutas que, segundo ele, feriam o decoro parlamentar. Agora, diante de um processo semelhante, o deputado se vê na posição de defender seu próprio mandato. Ele justifica que reagiu a provocações e ofensas pessoais.
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O caso seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, submetido ao plenário da Câmara. Será neste local em que saíra a palavra final sobre a cassação do mandato de Glauber Braga.
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Fonte: Agência Brasil