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Filho de Renato Russo notifica Novo após evento de Zema usar música da Legião Urbana


O partido Novo foi notificado por Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, pelo uso indevido da música “Que País É Este”, da Legião Urbana, em um evento político do governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

Zema lançou no último sábado, 16, sua pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a Folha de S. Paulo, o empresário e político entrou no auditório que recebeu a solenidade ao som da música em questão.

Manfredini detém, por meio da empresa Legião Urbana Produções, o domínio sobre as músicas e a obra da banda. Segundo ele, a utilização da canção não foi autorizada ou sequer solicitada e, portanto, configura violação de direitos autorais.

À Folha, o herdeiro de Renato Russo afirmou:

“Mais uma vez a extrema direita insulta a obra do meu pai, a memória dele, e faz uma afronta aos direitos autorais.”

E acrescentou:

“É cansativo que candidatos da extrema direita se achem no direito de fazer isso, passar por cima do Estado de Direito, dos direitos autorais, não respeitar as leis. Há muitos anos isso. Está cansativo.”

Música não seria liberada nem após pedido

Segundo Giuliano Manfredini, mesmo que Romeu Zema ou o partido Novo tivessem pedido liberação formal para usar a música, ele não autorizaria:

“Nós temos o mesmo posicionamento que o meu pai tinha, principalmente com relação ao uso político por parte da extrema direita, porque é uma música contra a extrema direita, contra a ditadura. Não faz sentido aprovar o uso por parte dessa extrema direita, especificamente, que não condiz com os valores da obra dele.”

Legião Urbana e “Que País É Este”

“Que País É Este”, lançada em 1987, é uma das principais músicas da Legião Urbana. Assim como outras do repertório da banda de Brasília, a canção critica a corrupção e diversas mazelas vividas pelo Brasil nos anos de ditadura militar.

Notificação anterior

Em 2024, Giuliano Manfredini já havia recriminado o uso da música por políticos da extrema direita. Na ocasião, o filho de Renato Russo notificou a ByteDance, empresa chinesa que é dona do TikTok, por conta de postagens bolsonaristas que utilizavam a canção.

Na época, Giuliano, que é produtor cultural, alegou (via O Globo), que as publicações “violam a essência” da obra do artista, já que possuem “caráter político e ideológico alheios” às ideias que ele sempre defendeu e “ativamente combatidos” por seu pai.

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Fonte: rollingstone.com.br

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