Os Estados Unidos anunciaram neste sábado (16) que paralisaram a emissão de vistos de visitante a pessoas procedentes da Faixa de Gaza, a fim de realizar uma “exaustiva” revisão do processo pelo qual concederam recentemente uma “pequena quantidade” de vistos humanitários a partir do enclave.
“Todos os vistos de visitantes para pessoas de Gaza estão sendo suspensos enquanto realizamos uma revisão completa e exaustiva do processo e dos procedimentos usados para emitir uma pequena quantidade de vistos médicos e humanitários temporários nos últimos dias”, informou na rede social X o Departamento de Estado americano.
No comunicado, o governo dos EUA não ofereceu detalhes sobre quanto tempo durará essa verificação.
Uma aliada de Trump, a artista conservadora Laura Loomer, atribuiu a si o mérito da medida, ao afirmar que a decisão da Casa Branca veio após suas críticas de que um dos voos de refugiados facilitados pela organização HEAL Palestine — a qual ela acusa que os que chegavam poderiam ser membros radicalizados do Hamas e matar americanos.
Como parte da restritiva política migratória da administração do presidente Donald Trump, o Departamento de Estado cancelou centenas de vistos desde o último mês de janeiro, incluindo os de centenas de estudantes estrangeiros que participaram de atos pró-Palestina, e em grande medida, pró-Hamas.
A gestão do republicano é marcada por aproximações com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que tem mantido uma postura enfática de destruição do Hamas e, aprovou recentemente, o plano militar do país para ocupar militarmente a Cidade de Gaza.
O presidente americano expressou a necessidade de pôr fim ao conflito em Gaza. Washington serve de mediador nas negociações indiretas em Doha entre o Hamas e as lideranças israelenses.
Fonte: Revista Oeste