PUBLICIDADE

EUA fazem “chantagem inaceitável”, diz Lula em pronunciamento


O presidente Lula (PT) declarou que os Estados Unidos estão fazendo uma “chantagem inaceitável em forma de ameaça às instituições brasileiras”. A fala ocorreu durante um pronunciamento à Nação feito na noite desta quinta-feira (17).

Lula afirmou que foram feitas mais de dez reuniões entre os dois governos, sendo que o Brasil teria enviado uma proposta de negociação aos EUA no dia 16 de maio. No entanto, a resposta americana à tal proposta teria sido a carta do presidente Donald Trump anunciando a taxação de produtos brasileiros a partir do dia 1º de agosto. Segundo Lula, isso foi uma surpresa que ele interpretou como uma “chantagem inaceitável”.

Para o petista, os EUA estão ameaçando as instituições brasileiras. Sobre isso, disse que, no Brasil, o poder judiciário é independente e que o país respeita “o devido processo legal, os princípios da presunção da inocência, do contraditório e da ampla defesa”. Por isso, ele afirmou que “tentar interferir na justiça brasileira é um grave atentado à soberania nacional”.

Lula também falou que Trump utilizou informações falsas em sua carta no que diz respeito ao comércio entre os dois países. E afirmou ficar ainda mais indignado por saber que “esse ataque americano ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros”. Sem citar nomes, disse que se tratam de “verdadeiros traidores da Pátria”.

Em seu pronunciamento, o petista afirmou ainda que a atuação das Big Techs no Brasil é um assunto que diz respeito à soberania nacional. Para ele, obrigá-las a seguirem as normas do país ajuda a proteger as famílias brasileiras de pessoas que, dentre outras práticas, “atacam a democracia” e “desacreditam da eficácia das vacinas”.

Lula fala sobre questões comerciais durante pronunciamento

Lula ainda comentou, durante o pronunciamento, que não aceitará ataques ao Pix, criado durante o governo Bolsonaro. Para ele, trata-se de um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, além de ser um “patrimônio nacional”.

Sobre a guerra econômica, o petista afirmou que o Brasil lutará com todos os instrumentos legais que tiver ao seu alcance, “desde recursos à Organização Mundial do Comércio (OMC) até a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso Nacional”. E complementou dizendo que “não há vencedores em guerras tarifárias” e que o Brasil é “um país de paz, sem inimigos”.



Fonte: Revista Oeste

Leia mais

PUBLICIDADE