O thriller político Casa de Dinamite, da diretora Kathryn Bigelow, estreou na Netflix na última sexta-feira (24) e, em apenas um dia, tornou-se o filme número 1 da plataforma. No entanto, o longa estrelado por Idris Elba (Chefes de Estado) e Rebecca Ferguson (Silo) deixou os espectadores angustiados com um final em aberto que não responde às duas perguntas centrais da trama.
(Atenção: A matéria a seguir contém grandes spoilers de ‘Casa de Dinamite’)
O filme, que acompanha os 18 minutos de tensão após o lançamento de um míssil contra os Estados Unidos, termina sem que o público saiba se o míssil (ICBM) realmente detonou sobre Chicago, ou qual decisão o presidente, vivido por Elba, tomou em retaliação. Em entrevista ao Decider, o roteirista Noah Oppenheim (ex-presidente da NBC News) explicou por que essa ambiguidade foi intencional.
Oppenheim revelou que, embora ele saiba as respostas para ambas as perguntas, elas “não são relevantes para as questões que estamos tentando levantar”. Segundo ele, o verdadeiro terror do filme está na premissa: “A primeira [questão] é: deveria uma pessoa ter o poder de decidir o destino de toda a humanidade, com pouca preparação e apenas minutos para decidir, enquanto simultaneamente foge para salvar a própria vida? Isso já deveria ser assustador o suficiente, independentemente do que acontece depois.”
O roteirista enfatizou que nunca considerou um final alternativo. A intenção do filme, segundo ele, é ser “um chamado à atenção e um convite a uma conversa” sobre a realidade das armas nucleares, que “ainda estão à espreita no fundo de nossas vidas”. O próprio elenco apoiou a decisão. Idris Elba disse ao ScreenRant que não queria saber a decisão de seu personagem, pois era uma escolha impossível entre “o sacrifício de 10 milhões de pessoas morrendo versus o planeta inteiro”.
FONTE:SCREENRANT
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Jornalista em formação pela Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, Giulia Cardoso começou em 2020 como voluntária em portais de cinema. Já foi estagiária na Perifacon e agora trabalha no núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo.
Fonte: rollingstone.com.br


