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Entenda a relação de Donald Trump com Jeffrey Epstein


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk protagonizaram uma troca de farpas que seria inimaginável alguns meses atrás. Isso porque Musk foi um apoiador ativo da candidatura de Trump a reeleição e chegou a doar cerca de US$ 275 milhões para a campanha em 2024. Com o republicano eleito, o bilionário assumiu a liderança do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado para cortar gastos públicos — cargo que ele deixou na semana passada, alguns dias antes do prazo.

No entanto, nesta quinta-feira, 5, os dois dominaram o noticiário da política internacional devido às publicações críticas que fizeram um ao outro. O empresário questionou o pacote econômico apresentado pelos republicanos. Em resposta, o presidente disse que foi ele quem solicitou a saída de Musk do governo, sugerindo que o empresário ficou insatisfeito com o fim dos subsídios para veículos elétricos — ele é dono da Tesla, uma das principais empresas do ramo. No meio das insinuações, Musk fez uma acusação direta contra Trump, envolvendo o nome do presidente nos arquivos do caso Jeffrey Epstein:

“Hora de soltar a bomba de verdade: Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, Trump!”

“Guardem este post para o futuro. A verdade vai aparecer.”

Quem é Jeffrey Epstein?

Jeffrey Epstein foi um magnata e criminoso sexual dos Estados Unidos condenado por abusar sexualmente de mais de 250 meninas. As primeiras acusações contra ele começaram a aparecer em meados dos anos 2000.

Em 2008, Epstein firmou um acordo controverso. Ele se declarou culpado em um caso que envolvia a prostituição de uma menor de idade e cumpriu apenas 13 meses de prisão. O caso voltou à tona em 2019, quando novas investigações o acusaram de operar uma rede de tráfico sexual que envolvia o aliciamento e abuso de meninas, muitas delas em situação vulnerável.

Epstein foi preso em julho daquele ano, mas morreu pouco tempo depois, em agosto de 2019, enquanto aguardava o julgamento. A morte foi oficialmente declarada como suicídio, mas as circunstâncias — incluindo falhas graves de segurança na prisão — levantaram teorias sobre o que realmente aconteceu.

O que são os “arquivos de Epstein” e qual é a relação de Trump com eles?

Assim como as dúvidas sobre as condições em que Epstein morreu, algumas teorias sugerem que o governo americano escondeu segredos relacionados às denúncias contra o magnata. Um dos objetivos seria acobertar autoridades e homens poderosos que também teriam cometido crimes. Os arquivos de Epstein seriam uma espécie de livro com uma “lista de clientes” envolvidos na operação de tráfico sexual. A existência desse registro, no entanto, não foi confirmada.

No início deste ano, o Departamento de Justiça americano divulgou documentos com evidências apreendidas durante as investigações do caso. Ali constam mais de 150 nomes conhecidos, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton. Donald Trump e Jeffrey Epstein foram próximos durante a década de 1990, quando frequentavam os mesmos círculos sociais e eram vistos juntos em Nova York. Nos documentos revelados, há também registros de voo em aviões do magnata com o nome de Trump.

Jeffrey Epstein e Donald Trump em 1997 (Foto: Davidoff Studios/Getty Images)

Mas apesar da amizade entre ambos e das insinuações de Elon Musk, não há nenhuma evidência concreta de que o presidente tenha algum envolvimento nos crimes. Durante a campanha de 2024, ele chegou a prometer retirar o sigilo da investigação e publicar todos os documentos com o objetivo de dar mais transparência ao caso, o que ainda não aconteceu completamente.

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Fonte: rollingstone.com.br

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