A Netflix anunciou nesta quarta-feira, 27 de agosto, a data de estreia de Monstro: A História de Ed Gein, terceira temporada da antologia Monstros, criada por Ryan Murphy (American Horror Story). Após retratar Jeffrey Dahmer e os irmãos Menéndez, a produção agora mergulha no caso do homem que inspirou alguns dos vilões mais icônicos do cinema de terror.
Quem foi Ed Gein?
Nascido em 1906, em Wisconsin, Ed Gein teve uma infância marcada por abusos: o pai era alcoólatra e a mãe, extremamente controladora, mantinha os filhos isolados, tentando afastá-los do que considerava imoral. A relação doentia com a mãe levou Gein a desenvolver uma obsessão que se intensificou após a morte dela, em 1945, quando passou a viver de forma reclusa em uma fazenda.
Nesse período, ele começou a desenterrar corpos para coletar restos mortais e, mais tarde, a assassinar. Foi preso em 1957 pelo homicídio de Bernice Worden, cujo corpo decapitado foi encontrado em sua casa. As autoridades também descobriram que Gein produzia móveis e objetos com pele e ossos humanos, além de máscaras feitas com rostos de suas vítimas.
Do crime à cultura pop
Os crimes de Gein chocaram o mundo e rapidamente ultrapassaram o noticiário policial, influenciando a cultura pop. Sua história serviu de inspiração direta para vilões do cinema, como Leatherface, de O Massacre da Serra Elétrica (1974), Norman Bates, de Psicose (1960), e Buffalo Bill, de O Silêncio dos Inocentes (1991). Confira as semelhanças:
Norman Bates (Psicose): inspirado na relação doentia de Gein com a mãe. Ele era extremamente apegado a ela e, após sua morte, passou a viver isolado, mantendo uma ligação quase delirante com a figura materna — algo que se reflete no personagem de Hitchcock.
Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica): diretamente associado ao hábito de Gein de criar máscaras e objetos feitos com pele humana. Leatherface usa o rosto das vítimas como disfarce, ecoando a prática macabra descoberta na casa de Gein.
Buffalo Bill (O Silêncio dos Inocentes): assim como Gein, tinha a obsessão de transformar a pele humana em “roupa”. O desejo de vestir literalmente o corpo de suas vítimas remete à compulsão de Gein em confeccionar roupas e objetos com restos mortais.
Mais do que matar, Gein transformava os corpos em símbolos de suas obsessões, e foi essa dimensão ritualística e macabra que fez dele um modelo para o terror psicológico e visceral retratado em Hollywood.
Condenação e legado macabro
Ed Gein foi condenado pelos assassinatos de Bernice Worden e Mary Hogan, além de suspeito de outros crimes. Considerado mentalmente incapaz, passou a vida em instituições psiquiátricas até morrer em 1984, vítima de câncer de pulmão, aos 77 anos.
Após sua prisão, em 1958, a casa onde os crimes ocorreram foi incendiada. Muitos acreditam que o incêndio foi proposital, para evitar que o local se transformasse em uma atração turística macabra.
Agora, com Monstro: A História de Ed Gein, Ryan Murphy pretende explorar não apenas os horrores cometidos pelo “Açougueiro de Plainfield”, mas também a forma como sua trajetória moldou o terror moderno e o fascínio cultural por figuras sombrias.
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Fonte: rollingstone.com.br