Depois de 20 dias, a greve dos servidores municipais de Praia Grande está de volta. Como não receberam uma contraproposta até o final do dia de ontem, o que havia sido determinado pela Justiça do Trabalho, os profissionais resolveram cruzar os braços novamente. Antes da interrupção, os funcionários públicos ficaram nove dias sem trabalhar.
Os sindicalistas ficaram irritados, pois a Prefeitura enviou diretamente para a Câmara uma proposta de reajuste salarial de 5,48%, sem passar antes para o Sindicato, para aprovação ou rejeição em assembleia. A proposta transitou em regime de urgência, em duas discussões, e foi aprovada na manhã de ontem pelos vereadores mesmo contrariando o regime interno da Casa. Os trabalhadores, muitos vestindo roupas pretas, protestaram durante toda a sessão.
O movimento foi decidido em assembleia realizada em 17 de março, depois da categoria não ter recebido proposta de correção salarial por parte da Prefeitura para os próximos três anos. O Sindicato afirmou que a Prefeitura informou que a data-base é abril, mas a Lei Orgânica de Praia Grande determina que a correção anual seja em janeiro, quando acontece o reajuste do salário-mínimo pelo Governo Federal.
A categoria reivindica reposição de 14% nos salários, sendo 7,5% baseados no aumento do salário-mínimo vigente, 3,5% do índice IPCA e outros 3% referentes a uma correção já judicializada durante a gestão passada, mas ainda não cumprida. Os servidores também reivindicam aumento nos benefícios de vale-alimentação e vale-refeição e a adoção de um plano de saúde para os funcionários e dependentes, sem desconto no holerite.
Fonte: Jornal Da Orla
