O Brasil goleou a Coreia do Sul por 5 a 0 nesta sexta-feira, 10, em amistoso realizado no estádio Seul World Cup. Com dois gols de Estêvão, dois de Rodrygo e um de Vini Jr, a equipe comandada por Carlo Ancelotti atropelou o time sul-coreano.
Esse foi o resultado mais elástico conquistado pela Canarinho desde a chegada do técnico italiano. Além disso, na partida, em termos de desempenho, mostrou força além dos gols, com 59% de posse de bola, 14 chutes e 21 ações com bola na área do adversário.
A equipe foi a campo postada em um 4-2-3-1 bastante móvel. A escalação escolhida foi: Bento; Vitinho, Éder Militão, Gabriel Magalhães, Douglas Santos; Casemiro, Bruno Guimarães; Estêvão, Matheus Cunha, Rodrygo; Vini Jr.

Escalação da seleção brasileira
Construção com Casemiro ‘poupado’
Partindo dessa formação, o Brasil construiu um ataque bastante móvel, partindo de uma construção com dois zagueiros de bom passe. À frente, Bruno Guimarães costumou ser a figura do meio a iniciar, enquanto Casemiro, o primeiro volante, se posicionou às costas da pressão, repetindo uma dinâmica muito executada no Ancelotti de Real Madrid, em que Toni Kroos fazia o que Bruno tem feito.
Junto à dupla, a fase sempre contou com dois homens. Um deles, sempre foi Douglas Santos, lateral-esquerdo que atua em função mais construtiva, enquanto o outro variava entre Rodrygo, Vini e Matheus Cunha, meia-atacante do esquema, como destacado na imagem abaixo.


Magalhães tem a bola, Douglas Santos (circulado) se mantém na base, dupla com Matheus Cunha e Bruno Guimarães constrói, e Casemiro vai à frente – Montagem sobre ge tv.
Ataque móvel
Já ofensivamente, a equipe mostrou bastante flutuação entre as posições, com Vini, Rodrygo e Matheus Cunha alternando bastante seus espaços. Enquanto isso, Douglas Santos seguiu pesando o centro do jogo.
No lance do primeiro gol, o recuo de Cunha abre espaço para Estêvão fazer movimento de ataque às costas. Dessa forma, Bruno Guimarães fez bom passe vertical e o atacante do Chelsea marcou.


Vini e Rodrygo trocam de posição, Douglas Santos na base da jogada e espaço aberto por Cunha, para Estêvão atacar – Montagem sobre ge tv
Outra dinâmica ofensiva que ficou clara, muito comum no times de Ancelotti, foi a aglomeração de jogadores em um dos lados. Em diversos momentos, foi possível encontrar cinco ou mais jogadores de linha muito próximos, enquanto um atleta guardava o lado oposto, preparado para uma inversão rápida.
A lógica, de atrair para atacar, foi vista em diversos momentos do jogo. Em um deles (na imagem abaixo), é possível ver uma concentração de cinco peças, com Vini, Rodrygo e Cunha próximos, enquanto mais afastados estão Estêvão – no meio-espaço da direita – e Vitinho, aberto.


Lógica de atrair para atacar, concentrando jogadores de um lado – Montagem sobre ge tv
Fase defensiva? Ou fase de pressão…
Dono das ações, o Brasil se postou entre um 4-2-3-1 e um 4-4-1-1 sem bola, em blocos médios e baixos. Já para pressionar, encaixou bem algumas perseguições e pressão por setor.
Dessa forma, a seleção construiu dois de seus três gols da segunda etapa. O primeiro, em uma marcação intensa na saída de bola. Com três atletas encaixotados e dois vigiados por Vitinho – e Casemiro preparando salto -, Estêvão pressionou Min-jae Kim e converteu.


Brasil encaixou pressão para marcar o terceiro – Montagem sobre ge tv
Para o quarto tento, o Brasil fez pressão forte na intermediária defensiva do rival, partindo para cima após um retorno da Coreia do Sul. Com três opções encaixadas pela marcação, o jogador sul-coreano caiu num setor de pressão e foi desarmado, iniciando a jogada que terminou com passe de Vini Jr. e gol de Rodrygo, para anotar o quarto.


Fonte: Agência Brasil


