O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi o primeiro petista na Casa a assinar o requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta, liderada pela oposição ao governo, já reúne 269 assinaturas.
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Em publicação nas redes sociais, nesta quinta-feira, 15, Contarato afirmou que é preciso uma “investigação contundente, que traga punição exemplar para todos os responsáveis, doa a quem doer”. Ele também alega que o esquema teria começado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e apenas continuado na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
CPMI do INSS assinada ✅
Fraudar aposentados e pensionistas é um crime inaceitável, de uma crueldade imensa contra aqueles que trabalharam para construir este país. Por isso, faço coro por uma investigação contundente, que traga punição exemplar para todos os responsáveis, doa a… pic.twitter.com/GDox88NVSI
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) May 15, 2025
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), também defendeu a criação da CPMI. Segundo ele, o objetivo é “investigar, apontar os responsáveis e botar na cadeia aqueles que roubaram os aposentados e pensionistas do INSS”.
Planalto tenta evitar desgaste com avanço da CPMI do INSS
Além da assinatura de Contarato e da fala de Carvalho, outra situação teria causado mal-estar no governo Lula: a declaração do novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, defendendo a comissão.

A orientação atual do governo é não barrar a CPMI nem pressionar parlamentares a retirar apoio. Nos bastidores, líderes petistas consideram que resistir seria dar munição à oposição, que já acusa o governo de tentar esconder irregularidades.
Contudo, o governo também quer evitar manifestações públicas de apoio. Isso porque o pedido da CPMI é de autoria dos senadores da oposição Damares Alves (Republicanos-DF) e Coronel Fernanda (PL-MT).
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O requerimento deve ser lido na próxima sessão do Congresso Nacional, marcada para 27 de maio. O Planalto agora quer que a investigação também inclua o período do governo Bolsonaro.
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Fonte: Agência Brasil