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Companheiros de banda solo de Ace Frehley revelam como o guitarrista do Kiss realmente era


Quando Ace Frehley fez aquele que seria seu último show, no mês passado, ele subiu ao palco ao lado de um guitarrista base que esteve com ele por mais tempo do que qualquer outro em suas bandas solo: o virtuose de Nashville Jeremy Asbrock. Juntos, eles detonaram clássicos do Kiss como “Deuce” e “Cold Gin”, sucessos da carreira solo de Frehley como “New York Groove” e o hino duradouro do Frehley’s Comet, “Rock Soldiers”.

Asbrock, que já havia tocado em bandas como The Shazam e com John Corabi antes de se juntar ao guitarrista Spaceman do Kiss em 2018, foi o soldado do rock por excelência. Ele chama tocar com Frehley, que morreu em 16 de outubro aos 74 anos, de um “trabalho dos sonhos” para um superfã do Kiss como ele.

Ace não é apenas uma influência minha. Ele é a pessoa que abriu o caminho para mim quando eu tinha quatro anos. Eu nunca quis fazer outra coisa, e foi ele quem me apresentou tudo isso”, disse ele à Rolling Stone. “Algumas noites no palco eram extremamente surreais, especialmente quando ele estava em uma noite realmente inspirada — ele assumia aquela postura e começava a fazer o que só ele sabia fazer. Era como: ‘Cara, é isso. Tá bem ali, do meu lado.’”

Além de Asbrock, a última banda solo de Frehley incluía o também músico de Nashville Ryan Spencer Cook no baixo e Scot Coogan na bateria. Ironia ou não, o grupo nasceu da banda de Gene Simmons. Asbrock conta que eles estavam tocando com o baixista do Kiss em uma turnê pela Austrália, na qual Frehley era o show de abertura, quando o guitarrista perguntou a Simmons se poderia “emprestar” seus músicos.

“Gene disse: ‘Se estiver tudo bem para eles, está tudo bem para mim’”, lembra Asbrock. “Mais tarde, Gene me chamou no camarim e contou que o cruzeiro do Kiss estava chegando, e que o Ace ia nos convidar para participar. Depois disso fomos ao Japão com o Ace, e ele nos chamou oficialmente para ser a banda dele. Eu entrei em setembro de 2018 — então mantive a posição de guitarrista por mais tempo, de forma contínua, do que qualquer outro músico que ele teve.”

O também nashvilliano Philip Shouse tocou baixo na banda solo de Frehley entre 2018 e 2022, até assumir um posto fixo na banda alemã de metal Accept. Ele, Asbrock e Cook são amigos de longa data e figuras centrais na vibrante cena roqueira de Nashville: por anos, comandaram um evento semanal chamado Thee Rock N Roll Residency, um showcase de hard rock com participações-surpresa de nomes como Alice Cooper, Lzzy Hale (do Halestorm), Robin Zander (do Cheap Trick) e outros músicos da comunidade local.

Shouse conta que sair em turnê com Frehley foi a oportunidade de ver de perto o senso de humor peculiar do guitarrista. “Ele era muito engraçado. Realmente bobo, no melhor sentido. Às vezes era tipo: ‘Uau, ele é mesmo de outro planeta, né?’”, diz Shouse. “Ele tinha um jeito que não se parecia com o de ninguém que eu já conheci.”

Assim como o amigo Asbrock, Shouse credita a Frehley sua decisão de se tornar guitarrista. “Ace me ensinou a tocar guitarra solo. Eu fazia aulas e aprendia as escalas, mas nada soava como música para mim. Nada fazia sentido até que ouvi o Ace — isso foi no segundo ano do colégio”, conta. “Quando ouvi os solos dele, tudo se encaixou.”

Asbrock e Shouse — que também perdeu o pai há alguns meses — ainda estão tentando entender o mundo sem o “Space Ace”. Mas Asbrock diz que os fãs precisam saber o quanto Frehley era um cara comum por trás da maquiagem.

“Ele era totalmente humano. Tivemos conversas em que ele se mostrava muito vulnerável comigo — conversas de gente real mesmo”, diz. “O Gene não iria me ligar para falar sobre coisas da vida. O Ace, sim.”

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Fonte: rollingstone.com.br

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