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Como o maior hit de Ozzy Osbourne levou anos para ser feito


Com o Black Sabbath, Ozzy Osbourne fundou o heavy metal e ajudou a desenvolvê-lo ao longo da década de 1970. Porém, foi em carreira solo, a partir de 1980, que o vocalista alcançou o estrelato e também seu melhor desempenho em termos comerciais.

Mais especificamente, foi com a balada “Mama, I’m Coming Home” que Ozzy conseguiu pela primeira e única vez na carreira entrar no Top 40 da Billboard – a canção chegou até a 28º posição.

Lançada no álbum No More Tears (1991), a faixa teve a contribuição de Zakk Wylde, guitarrista do Príncipe das Trevas à época, e também de Lemmy Kilmister, do Motörhead. Algo que explica um pouco o fato dela ter demorado alguns anos para ficar pronta.

Segundo o próprio Ozzy explicou nas notas do encarte da compilação The Ozzman Cometh (1997), via Guitar Player, a melodia da canção já estava com ele há algum tempo, mas ainda não havia se materializado musicalmente por meio de algum instrumento. Ele contou:

“Eu andava com a melodia na cabeça há alguns anos, mas nunca tive a chance de terminá-la até trabalhar com Zakk no álbum No More Tears. Naquela época, Zakk e eu compúnhamos bastante no piano.”

Foi com esse instrumento, portanto, que Ozzy e Zakk conseguiram dar forma à composição que o vocalista vinha desenvolvendo em sua cabeça. Em recente declaração à mesma revista, o guitarrista explicou:

“Então, estávamos tocando piano, e o Ozzy tinha aquela melodia. Não sei se era só o amor dele pelos Beatles, mas se você ouvir aqueles discos do Sabbath e tudo o que ele fez com Randy Rhoads e Jake E. Lee, o Ozzy é simplesmente o rei da melodia.”

Lemmy dá uma força a Ozzy Osbourne

Já a letra ficou a cargo de Lemmy e foi idealizada em questão de poucas horas. A história é curiosa, pois foi Sharon Osbourne quem o acionou para escrevê-la.

O líder do Motörhead compartilhou reflexões sobre como a parceria surgiu em sua autobiografia White Line Fever (2002) – via site Igor Miranda. Tudo começou após uma ligação da esposa e empresária de Ozzy.

Lemmy, falecido em 2015, disse no livro:

“Esse foi um dos trabalhos mais fáceis que já tive. Sharon me ligou e disse: ‘vou te dar uma quantidade de dinheiro X para compor algumas músicas para Ozzy’, e eu disse: ‘tudo bem, você tem uma caneta?’. Eu escrevi seis ou sete sequências de palavras e ele acabou usando quatro delas.”

O saudoso vocalista e baixista acrescentou, orgulhoso do quanto faturou:

“Ganhei mais dinheiro com a composição dessas quatro músicas do que em quinze anos de Motörhead. Absurdo, não é?!”

As quatro composições citadas por Lemmy e que Ozzy usou em No More Tears foram: “I Don’t Want to Change the World”, “Desire”, “Mama, I’m Coming Home” e “Hellraiser”. A última canção mencionada também ganhou uma versão do Motörhead no disco March ör Die (1992).

No More Tears e “Mama, I’m Coming Home”

No More Tears rendeu ótimos resultados. Atingiu o 7º lugar da parada americana e 17º na britânica, além da 8ª posição na Finlândia e uma entrada no top 50 de vários outros países.

“Mama, I’m Coming Home”, por sua vez, tornou-se o grande hit solo de Ozzy Osbourne junto a “Crazy Train”. Atingiu a 28ª posição nas paradas dos Estados Unidos e 45º lugar no Reino Unido, além de acumular mais de 130 milhões de execuções no YouTube e 300 milhões no Spotify. Com a morte de Osbourne, em julho último, a faixa retornou aos charts de 10 países, incluindo os dois citados, Canadá, Rússia e Suécia.

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Fonte: rollingstone.com.br

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