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Como chega o provável Brasil para jogar na altitude


“Também (quero) conhecer jogadores que podem atuar com os outros. Ter em conta o componente importante que é a altitude para colocar no campo jogadores com mais frescor. Também como estratégia. Temos que jogar diferente do jogo contra o Chile. Foi um jogo com muita intensidade, com muita pressão. Isso na altitude não se pode fazer”, completou em outro momento.

Da equipe que venceu por 2 a 0 o Chile na última quinta, 4, no Maracanã, tendência é que somente o goleiro Alisson, o lateral-direito Wesley e o volante Bruno Guimarães sejam mantidos entre os titulares. Wesley ainda é dúvida por conta de um desconforto muscular.

Destaque no segundo tempo no Maracanã, Luiz Henrique iniciará como titular – Alexandre Battibugli/Placar

Para a partida, há também baixas como o volante Casemiro, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e o atacante Kaio Jorge, utilizado na partida diante dos chilenos, mas cortado por lesão.

Com isso, ganhariam oportunidades os zagueiros Fabrício Bruno e Alexandro Ribeiro; o lateral-esquerdo Caio Henrique; o volante Andrey Santos; o meia Lucas Paquetá e, principalmente, o ataque que deve ser formado por Luiz Henrique, Richarlison e Samuel Lino.

A prioridade de Ancelotti é contar com jogadores que estejam melhor fisicamente ou que tenham mais condições de render na altitude. Nomes como Raphinha e Estêvão, por exemplo, seriam mais exigidos. Ele também deve mudar o plano tático do time.

Com isso, a provável seleção brasileira terá: Alisson, Wesley (Vitinho), Fabrício Bruno, Alex e Caio Henrique; Andrey Santos, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Samuel Lino e Richarlison.

Retrospecto e dificuldades

Pela primeira vez, a seleção brasileira vai encarar a altitude de El Alto, a cidade mais alta do país vizinho: são 4.150 metros acima do nível do mar.

É verdade que o Brasil já está classificado, mas a Bolívia vai para a última rodada das Eliminatórias jogando a vida. O time da casa precisa da vitória e secar a Venezuela para conseguir ao menos a classificação para a repescagem da Copa do Mundo.

Além disso, a Bolívia ainda não perdeu jogando em El Alto. Isso porque a seleção soma duas derrotas nas Eliminatórias (Argentina e Equador), mas jogando na capital La Paz. Os bolivianos trocaram de cidade no ano passado, após a Copa América.

Municipal de El Alto é o estádio mais alto a receber um jogo das Eliminatórias – Divulgação

Municipal de El Alto é o estádio mais alto a receber um jogo das Eliminatórias – Divulgação

Posto diferenças técnicas e objetivos de lado, o retrospecto do Brasil jogando na altitude é equilibrado. A seleção brasileira visitou os bolivianos em 11 jogos e venceu cinco vezes, sendo derrotada outras quatro. No entanto, das cinco vitórias brasileiros como visitante, apenas três foram na altitude.

Isso porque a Bolívia, por vezes, mudou de casa e jogou no El Tahuichi, em Santa Cruz de la Sierra. A cidade que o Brasil venceu duas vezes o time adversário fica a apenas 416 metros acima do mar, altitude mais baixa que a cidade de São Paulo, por exemplo (762 metros).

Outras três vitórias do Brasil contra a Bolívia foram na altitude de La Paz, no estádio Hernando Siles. A capital foi palco inclusive do título da Copa América de 1997, quando a seleção brasileira venceu a Bolívia na final por 3 a 1, com gols de Edmundo, Ronaldo e Zé Roberto.

A cidade de La Paz, no entanto, fica a 3.650 metros de altitude,  500 metros abaixo de El Alto, próximo desafio do Brasil.

Bolívia x Brasil na altitude

11 jogos
5 vitórias do Brasil
4 vitórias da Bolívia
2 empates
19 gols marcados
12 gols sofridos
1 título da Copa América (1997)



Fonte: Agência Brasil

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