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Ciro Nogueira discute com Malafaia após ser chamado de “traidor”


O senador Ciro Nogueira (PP-PI) bateu boca com o pastor Silas Malafaia após ser chamado de “traidor” por se recusar a assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta (6). A recusa ocorreu em meio ao protesto de parlamentares da oposição contra a ordem do magistrado para prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que terminou entre aquela noite e a manhã de quinta (7).

Malafaia atacou Nogueira afirmando que ele faz “joguinho político psicológico” para influenciar a decisão de outros senadores a não assinarem o pedido. O requerimento para o processo de impeachment de Moraes alcançou as 41 assinaturas necessárias.

“Pastor Silas, eu não me meto na sua igreja e se o senhor quiser ser senador e se candidatar e liderar o movimento político que quiser será muito bem-vindo. Aí então verá que, diferentemente da sua igreja, na democracia não é a vontade de um, mas da maioria”, disparou Ciro Nogueira em uma rede social no mesmo dia da crítica.

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Em resposta ao senador, Malafaia o chamou de “preconceituoso” contra um pastor e que ele seria um coronel do Nordeste “que não suposta a crítica e o contraditório”. Ainda classificou Ciro Nogueira como um “apoiador do ditador da toga”.

“Você acaba de dar a prova que além de ser preconceituoso contra um pastor , demonstra , equivocadamente , que a política é só para quem tem mandato político . O poder emana do povo ! A liberdade para falar de política é fundamento do estado democrático de direito”, disse chamando-o ainda de “camaleão oportunista”.

A conversa não teve novos desdobramentos após essa tréplica.

Ciro Nogueira disse que não assinaria o requerimento de impeachment de Moraes por não ter a quantidade mínima de votos para ser aprovado (54 senadores), e que, mesmo protocolado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já anunciou que não pautará para análise do plenário.

“Sinceramente só entro em impeachment quando puder acontecer, como foi o caso da Dilma. O Congresso não tem 54 senadores para aprovar um impeachment”, disse a jornalistas.

De acordo com o ex-ministro, “mesmo que houvesse 80 assinaturas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não abriria o processo”. Sem o apoio do presidente do Senado, o andamento do impeachment é politicamente inviável.



Fonte: Revista Oeste

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