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Ciro Nogueira defende Tarcísio como opção à presidência e alfineta Eduardo Bolsonaro


O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu nesta quinta (24) a possibilidade de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), disputar a presidência da República em 2026. Ele conta com o apoio de parte do campo da direita para concorrer ao cargo, mas vem reafirmando publicamente que pretende tentar a reeleição no estado.

Em publicação nas redes sociais, Ciro afirmou que “vai chegar um dia de termos um presidente com a estatura de Jair Bolsonaro (PL) ou Tarcísio”, posicionando o ex-ministro da Infraestrutura como nome viável para herdar o capital político do ex-presidente.

“Enquanto Lula só lacra e só pensa em como tirar proveito eleitoral da crise com os EUA, Tarcísio prova que seu compromisso é com a seriedade e com a solução”, afirmou.

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O apoio a Tarcísio ocorre em meio a uma crescente disputa na direita sobre quem deve disputar as próximas eleições presidenciais. Horas antes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou publicamente Tarcísio por ter nomeado o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), integrante do MBL, como um dos vice-líderes do governo paulista na Assembleia Legislativa.

Embora não tenha mencionado diretamente Eduardo Bolsonaro na mensagem, Ciro Nogueira vem criticando-o publicamente. Em um evento recente do PP, o senador declarou que Eduardo “está totalmente errado” e sugeriu que Bolsonaro deveria apoiar Tarcísio como líder de uma eventual tentativa de mediação com os Estados Unidos para tentar barrar o tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump.

Eduardo chegou a chamar Tarcísio de “servil” pelo diálogo com os empresários paulistas para tentar amenizar os impactos da taxação do governo norte-americano. Tarcísio tem se movimentado para tentar abrir um canal de negociação com os Estados Unidos.

Eduardo criticou a atitude do aliado e defendeu uma postura mais rígida, condicionando a suspensão do tarifaço à aprovação de uma “anistia ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

A defesa da anistia por parte de Eduardo também tem sido interpretada como uma estratégia para aliviar a situação jurídica de Jair Bolsonaro, inelegível desde 2023, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele é, ainda, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.



Fonte: Revista Oeste

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