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China aumenta pressão militar nas fronteiras de Taiwan


As Forças Armadas da China realizaram pelo menos 160 incursões de aeronaves militares nas proximidades de Taiwan ao longo desta semana, além de manter a presença constante de navios de guerra no estreito que separa o continente comunista da ilha democrática, é o que apontam dados que foram divulgados diariamente pelo Ministério da Defesa de Taiwan, com última atualização ocorrida nesta sexta-feira (16).

Nos últimos cinco dias, foram registrados 160 voos de aeronaves militares chinesas em torno de Taiwan, com parte significativa dessas missões cruzando a linha média do Estreito de Taiwan e entrando na zona de identificação de defesa aérea (ADIZ) de Taiwan, tanto ao norte, quanto ao centro e ao sudoeste do território. Na terça-feira (13), por exemplo, 30 das 31 aeronaves detectadas ultrapassaram a linha divisória, considerada uma fronteira não oficial entre as duas regiões.

Além das operações aéreas, as autoridades taiwanesas detectaram a movimentação de 41 navios de guerra chineses e 9 embarcações oficiais próximas à costa da ilha durante o mesmo período. Em todas as ocasiões, as Forças Armadas de Taiwan afirmaram que responderam monitorando os movimentos com aviões de patrulha, navios da Marinha e sistemas de mísseis costeiros.

O governo taiwanês destaca que a intensificação das atividades militares chinesas é vista como uma estratégia de pressão política e militar sobre a ilha, que Pequim considera uma “província rebelde” que faz parte de seu território. O Ministério da Defesa de Taiwan reiterou que continuará acompanhando a situação e adotando todas as medidas necessárias para garantir a segurança nacional.

As manobras chinesas ao redor de Taiwan têm se tornado cada vez mais frequentes nos últimos meses. No final de abril, a China realizou exercícios militares denominados “Strait Thunder-2025A” ao redor de Taiwan, envolvendo 135 aeronaves e 38 embarcações em apenas dois dias. Essas manobras, que simulam cenários de combate real, são vistas por analistas como parte de uma estratégia de “zona cinzenta”, visando pressionar Taiwan a ceder aos desejos de Pequim pela reunificação sem recorrer a um conflito.



Fonte: Revista Oeste

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