Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou R$ 4,3 bilhões em distorções contábeis nas contas do Ministério da Educação (MEC) referentes ao exercício de 2024. A pasta é controlada pelo ministro de Lula, Camilo Santana. O principal problema apontado no relatório foi uma diferença de R$ 3,3 bilhões entre os registros do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os controles internos de universidades e institutos federais, gerando superavaliação do patrimônio.
A auditoria da CGU também apontou falhas na apuração da depreciação de bens móveis, com impacto adicional estimado em R$ 1 bilhão. Outro ponto crítico foi o crescimento anormal das provisões de longo prazo, que saltaram de R$ 1,2 bilhão em 2023 para R$ 109 bilhões em 2024. Segundo o relatório, a nota explicativa sobre essas provisões não atende aos requisitos legais e carece de transparência.
Além disso, o órgão destacou que 2.190 Termos de Execução Descentralizada (TEDs) estavam com prestação de contas pendente, totalizando R$ 3,8 bilhões. A auditoria também alertou para riscos na sustentabilidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que enfrenta alta inadimplência e esgotamento da capacidade do fundo garantidor.
As informações constam no relatório nº 1611422/2025 da Controladoria-Geral da União, que auditou as contas do MEC relativas ao exercício de 2024. Procurado pela reportagem, o ministério se limitou a reenviar o próprio relatório da CGU.
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Fonte: Revista Oeste