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Casos de Raiva Confirmados em Capivaras de Ilha do Litoral de SP

O Instituto Pasteur confirmou a presença do vírus da raiva em capivaras encontradas mortas na Ilha Anchieta, localizada em Ubatuba, no Litoral de São Paulo. Os animais foram localizados entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020 por funcionários do Parque Estadual e tiveram seus cérebros enviados para análise.

A causa da morte foi determinada como encefalite causada pelo vírus da raiva. O estudo, realizado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), teve seus resultados divulgados em novembro do ano passado.

Possível Origem da Contaminação

Antes da morte das capivaras, houve uma reforma nas estruturas históricas do presídio desativado que existe na ilha, incluindo obras em um telhado que servia de abrigo para morcegos. Esse evento causou grande estresse nas colônias de morcegos, forçando-os a buscar novas fontes de alimento, o que pode ter resultado na infecção das capivaras.

Este é apenas o terceiro caso de raiva registrado em capivaras no mundo. O primeiro foi documentado no Brasil, em 1985, e o segundo ocorreu na Argentina, em 2009. Não há registros de transmissão de raiva humana por meio desses animais.

A Ilha Anchieta

Ainda pouco explorada turisticamente, a Ilha Anchieta é um destino paradisíaco no litoral paulista. Cercada por águas cristalinas e vegetação exuberante, ela preserva trilhas ecológicas e ruínas de um antigo presídio.

A ilha já funcionou como colônia correcional, presídio político e unidade de segurança máxima antes de ser transformada em Parque Estadual em 1977.

Sobre as Capivaras

As capivaras são os maiores roedores do mundo e habitam principalmente a América do Sul. Elas vivem em grupos sociais e são altamente adaptáveis a ambientes próximos a corpos d’água, como rios, lagos e pântanos. Os animais podem atingir até 1,30 metro de comprimento e pesar em torno de 70 kg.

Com um corpo robusto, patas curtas e dedos parcialmente palmados, as capivaras são exímias nadadoras. Apesar de sua aparência pacífica, a recente confirmação de casos de raiva alerta para a importância do monitoramento sanitário da fauna silvestre na região.

Fonte: Diário do Litoral

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