O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, ironizou a ditadura de Nicolás Maduro, que, por meio do procurador-geral Tarek William Saab, anunciou na segunda-feira (21) que investigará o mandatário salvadorenho por acusações de tortura contra prisioneiros venezuelanos, trocados na semana passada por americanos presos na Venezuela.
“O regime de Maduro ficou satisfeito com o acordo de troca; por isso o aceitou”, escreveu Bukele no X.
“Agora eles estão gritando e indignados, não porque discordem do acordo, mas porque acabaram de perceber que ficaram sem reféns do país mais poderoso do mundo”, ironizou o presidente de El Salvador.
Na semana passada, o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o regime de Maduro chegaram a um acordo para a troca de cidadãos americanos presos no país sul-americano pelo retorno à nação caribenha de 252 venezuelanos enviados pelos EUA para uma prisão em El Salvador, sob a alegação de serem membros da gangue Tren de Aragua.
O governo Trump havia concordado em pagar US$ 6 milhões para abrigá-los na megaprisão Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot). Pelo acordo anunciado na sexta-feira (18), a Venezuela aceitou libertar em troca dez americanos presos pela ditadura de Caracas.
Em postagem no X, o secretário de Estado da gestão Trump, Marco Rubio, disse que o acordo também incluiu a libertação de presos políticos venezuelanos.
Na segunda-feira, Saab anunciou uma investigação contra Bukele, o ministro da Justiça e Segurança Pública de El Salvador, Héctor Gustavo Villatoro, e o vice-ministro e diretor-geral de Centros Penais, Osiris Luna Meza, por acusações de tortura e tratamento cruel contra os venezuelanos que foram libertados.
Fonte: Revista Oeste