O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou boa evolução clínica nos exames laboratoriais, conforme boletim médico divulgado nesta sexta-feira, 18. Ele está internado há cinco dias na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. Não há previsão de alta.
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Segundo a equipe médica, Bolsonaro não apresenta dores ou complicações. Contudo, ele deve permanecer em jejum oral.
Para melhorar a condição física, o ex-presidente participa de sessões de fisioterapia motora e respiratória. Os médicos relatam que os marcadores inflamatórios estão melhorando e as tomografias de controle não mostram complicações.
Detalhes da cirurgia
A cirurgia, realizada no último domingo, 13, durou cerca de 12 horas e foi antecipadamente prevista como longa. O objetivo foi tratar problemas no intestino causados por aderências formadas depois de múltiplas cirurgias decorrentes do atentado sofrido em 2018.
Leandro Echenique, cardiologista da equipe médica, afirmou que essa foi “uma das cirurgias mais complexas” enfrentadas por Bolsonaro.
Recuperação do ex-presidente
Ao longo desta semana, o ex-presidente foi visto em vídeos nas redes sociais caminhando pelos corredores do hospital, com auxílio de um andador. Ele aparecia junto da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As visitas a Bolsonaro permanecem restritas, conforme orientação médica. Apenas familiares próximos e a equipe de saúde têm permissão para entrar na UTI. Essa foi a sétima cirurgia realizada no ex-presidente desde o atentado de 2018.
Bolsonaro critica as crises diplomáticas do Brasil
Mesmo internado, o ex-presidente se manifestou sobre as últimas notícias que envolveram o Executivo e o Judiciário brasileiro.
Por meio do X, Bolsonaro criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo político a Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru.
Condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, ela estava desde a última terça-feira, 15, na Embaixada do Brasil em Lima.
“Corruptos condenados por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos passaram a ser recebidos como ‘perseguidos políticos’, transportados pela Força Aérea Brasileira e acolhidos com honrarias por um governo que distorce o instituto do asilo para se solidarizar com quem rouba do próprio povo”, afirmou o ex-presidente.
A postura de Moraes
Além disso, Bolsonaro criticou a postura do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retaliar o governo espanhol ao interromper a extradição do traficante Vasil Gergiev Vasilev, um cidadão búlgaro, para a Espanha.
“Infelizmente, a imagem do Brasil no exterior está sendo dilacerada por quem deveria defendê-la”, afirmou Bolsonaro. “A nossa Justiça não pode continuar sendo usada como instrumento de vingança de acordo com os caprichos e vontades de um único homem.”
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Fonte: Agência Brasil
