A cantora islandesa Björk divulgou um comunicado nesta quarta-feira (8) pedindo a libertação de Magga Stína, uma amiga de infância e também musicista. Stína foi detida por forças israelenses na noite de 7 de outubro após tentar chegar a Gaza com ajuda humanitária.
Segundo relatos, Stína estava entre os ativistas que participavam da Flotilha Global Sumud, navegando em um dos barcos que acompanhavam a ativista Greta Thunberg. O objetivo da ação era abrir caminho para a entrada de ajuda internacional em Gaza.
“Minha amiga de infância, a musicista Magga Stína, acaba de ser sequestrada pelo exército israelense”, escreveu Björk em suas redes sociais. Na publicação, a artista ressalta que “é ilegal impedir que comida chegue às crianças” e demonstra apoio às tentativas de enviar auxílio à população de Gaza.
Nas últimas semanas, mais de 450 ativistas da flotilha foram detidos pelas autoridades israelenses, que interceptaram quase todos os cerca de 40 barcos envolvidos na operação. Greta Thunberg, que também foi detida e posteriormente deportada, relatou ter sofrido “maus-tratos e abusos” durante a prisão.
A família de Magga Stína está fazendo campanha pela sua segurança e pressionando o governo islandês para exigir sua libertação imediata. Björk aproveitou para cobrar que as autoridades islandesas “sigam seu próprio apoio à Palestina de 11 anos atrás” – a Islândia reconheceu a Palestina como país em 2014 – e “parem todas as interações comerciais com Israel até que o genocídio em Gaza termine”.
Boicote cultural
Este não é o primeiro posicionamento público de Björk em relação ao conflito. Em setembro deste ano, a cantora aderiu à campanha No Music For Genocide (Sem Música para Genocídio), retirando seu catálogo das plataformas de streaming em Israel. A música da artista foi bloqueada geograficamente no Spotify e Apple Music para usuários israelenses.
A iniciativa busca realizar um boicote cultural semelhante ao que foi feito contra o apartheid na África do Sul. Björk se junta a outros artistas que aderiram à campanha, como Japanese Breakfast, Paramore e Idles, que também bloquearam suas músicas nos serviços de streaming disponíveis em Israel.
+++ LEIA MAIS: Massive Attack sai do Spotify e bloqueia música em Israel por questões éticas
+++ LEIA MAIS: Emma Stone e mais de 1.200 nomes do cinema assinam boicote a instituições israelenses
Nascida na Argentina mas radicada no Brasil há mais de 15 anos, Daniela achou na música sua linguagem universal. Formada em radialismo pela UNESP, virou pesquisadora criativa e firmou seu pé no jornalismo musical no portal Popload. Gateira, durante a semana procura a sua próxima banda favorita e aos finais de semana sempre acha um bom show para assistir.
Fonte: rollingstone.com.br