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Bets dominam patrocínios a times na Libertadores e na Sul-Americana


O fenômeno do patrocínio de casas de apostas no futebol não é exclusivo do Brasil. As bets, como são conhecidas, também estão nas camisas de times da Libertadores e da Sul-Americana. Dos 40 clubes que ainda estão nas competições, 29 são patrocinados por casas de apostas, o equivalente a 72% do total.

Na Libertadores, Botafogo (VBet), Palmeiras (SportingBet), Internacional (Alfa), Fortaleza (Cassino), São Paulo (SuperBet) e Flamengo (Fla.bet/Pixbet) são os brasileiros patrocinados por casa de apostas; já na Sul-Americana, Bahia (Viva Sorte), Grêmio (Alfa), Fluminense (Superbet), Vasco (Betfair) e Atlético-MG (H2Bet) estão entre as equipes representadas.

“A valorização aos patrocínios dos clubes brasileiros vai ao encontro do cenário atual de toda a indústria, incluindo também a regulamentação das bets”, disse Alexandre Godoy, diretor de Patrocínios e Publicidade do Internacional.

Também com 100%, aparecem os quatro times da Colômbia e os de três Peru, Chile e Equador. Na Argentina, outro centro econômico de destaque no continente e principal rival do Brasil, dos nove times que continuam nas Copas Libertadores e Sul-Americana, apenas 3 representantes são patrocinados por uma bet.

“É um mercado maduro e regulamentado em vários países, comprovando uma realidade de investimento nas principais ligas das Américas e do mundo; algumas mais, outras menos, mas que demonstram a importância desta indústria global no futebol”, afirmou Filipe Molon, diretor comercial da Ana Gaming, marca detentora da 7k, Vera e Cassino.

Universitário x River Plate em partida pela Libertadores 2025 - Luciano González / EFE

Universitário x River Plate em partida pela Libertadores 2025 – Luciano González / EFE

Os clubes argentinos, aliás, começaram recentemente a assinar parceria com empresas de bets. O último deles foi o gigante River Plate, que no mês passado anunciou a Betano como seu novo patrocinador máster. Os números não foram divulgados, mas de acordo com informações da imprensa argentina, os valores por ano devem chegar a 6 milhões de dólares, equivalente a quase 36 milhões de reais, até meados de 2027.

O Boca Juniors também recebe valores parecidos da Betsson, em torno de 40 milhões por ano. Já o Racing, campeão recente da Copa Sul-Americana e da Recopa, e que também é patrocinado pela Betsson, recebe ainda menos, em torno de 12 milhões por ano.

A diferença em relação aos valores pagos aos clubes brasileiros é enorme. Pelo menos outros 14 clubes da Série A pagam mais do que Boca e River Plate pelo patrocínio máster no uniforme. Corinthians, Flamengo e Palmeiras, por exemplo, recebem mais de R$ 100 milhões por ano com patrocínios de bets, praticamente três vezes mais que os números dos maiores clubes argentinos.

“Acredito que o mercado brasileiro é cinco vezes maior comparado ao da Argentina. Trata-se de um indicador que afeta diretamente no valor do patrocínio de cada um dos países; sem contar que o Brasil já é um dos principais mercados mundiais neste segmento, com um histórico de crescimento gigante nos últimos anos”, indicou Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo.

“A diferença entre os valores investidos ocorre atualmente em função de maior investimento das casas de apostas no Brasil (bola da vez do mundo de apostas no mundo), momento econômico entre os países, bem como o tamanho das populações”, corroborou Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.

No Brasil, estima-se que os valores com patrocínios envolvendo as bets superam R$ 1 bilhão por ano, e entre as equipes que disputam a Copa Libertadores, todas as casas estão regulamentadas pelo Governo Federal a operar no país. PLACAR abordou o tema na edição de maio da revista imprensa, número 1523, disponível nas bancas e na versão digital, com a reportagem “Os dois lados da moeda”.

“A diferença se refere ao potencial de arrecadação das casas em cada país. Além do maior número de pessoas e maior renda média no Brasil, os comparativos recentes mostram que, no Brasil, o percentual da renda que as pessoas estão dispostas a direcionar a apostas esportivas e jogos de azar supera o de qualquer outro país do mundo”, analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana.

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Fonte: Agência Brasil

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