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Bacalhau de português nasce na Noruega


Na Semana Santa, o consumo de bacalhau dispara no Brasil — o “legítimo” costuma vir de Portugal. Curiosamente, os peixes que originam o produto não nascem longe da costa portuguesa. Outra coisa inusitada: o nome não faz referência a uma espécie em si — tampouco é a designação específica de um prato.

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A pesca do “legítimo bacalhau” do Porto ocorre nas proximidades do Ártico, nos oceanos Pacífico e Atlântico, em águas de países que nem sequer fazem fronteira com Portugal, como Noruega, Rússia e Estados Unidos. São peixes de três espécies: Gadus morhua (Atlântico), Gadus macrocephalus (Pacífico) e Gadus ogac (Groenlândia).

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Contudo, existem alguns produtos que tentam imitá-lo. Um dos mais comuns é feito com o zarbo, trata-se de um peixe da mesma família do espécime tradicional.

Bacalhau e o sucesso de Portugal

A paixão portuguesa pelo bacalhau começou no século 19, quando a marinha lusitana descobriu que esses peixes, depois do processo de salga, poderiam durar meses. Desse modo, era uma grande solução para os navegadores enfrentarem longas jornadas além-mar, em um época em que ainda não existia refrigeração artificial.

Gadus morhua é uma das “espécies” de bacalhau | Foto: Joachim S. Müller/Reprodução

A relação deu tão certo que os portugueses inventaram centenas de receitas com o quitute. Até hoje, o bacalhau é uma paixão para a população de Portugal, conforme mostram os números da Noruega. Os noruegueses são os maiores produtores e exportadores da iguaria — e os maiores clientes deles são os portugueses, que absorvem 95% dos embarques do país nórdico.



Fonte: Revista Oeste

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