Ozzy Osbourne ainda tem colaborações dos sonhos na lista e, no topo dela, está Paul McCartney. Em novo episódio de seu podcast Ozzy Speaks, da SiriusXM, o vocalista do Black Sabbath respondeu sem hesitar quando perguntado por Billy Morrison com quem gostaria de dividir os vocais: “Paul McCartney”.
A escolha não é surpresa para quem conhece a trajetória de Ozzy. Ele já declarou mais de uma vez que os Beatles foram uma influência imensa na formação do Black Sabbath. Em entrevista à NME, chegou a se definir como “um fã maluco, completamente obcecado” pela banda de Liverpool.
Apesar da vontade, Ozzy também demonstrou certa insegurança sobre a ideia. “Seria uma honra, mas eu não sei se conseguiria…”, comentou no programa, sem concluir a frase. Anos atrás, ele já havia tentado uma colaboração: convidou McCartney para gravar o baixo em uma faixa do Sabbath, mas ouviu que o ex-Beatle não achava que conseguiria melhorar a linha que já existia. “Eu falei: ‘Você tá brincando? Você podia mijar no disco que eu colocava no meu testamento’”, contou Ozzy, como só ele sabe contar.
A declaração vem em clima de despedida. No dia 5 de julho, o Black Sabbath sobe ao palco pela última vez em um evento especial chamado Back to the Beginning, no estádio Villa Park, em Birmingham, cidade natal da banda.
Será a primeira vez em duas décadas que a formação original se reúne ao vivo: Ozzy, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. O festival também terá participações de peso como Metallica, Slayer, Tool, Gojira, Anthrax, Pantera, Billy Corgan e os remanescentes do Soundgarden.
Ozzy, que vem enfrentando sérios problemas de saúde nos últimos anos, incluindo o diagnóstico de Parkinson e múltiplas cirurgias, não faz um show completo desde 2018. Ele avisou que sua participação será pontual, apenas nos trechos em que se sentir confortável, mas garantiu que está se dedicando ao máximo. “Tenho um treinador que trabalha com recuperação de performance, e ele acredita que dá pra fazer. Estou dando tudo que tenho. Se Deus quiser que eu faça esse show, eu vou fazer”.
Sharon Osbourne e Tony Iommi também falaram sobre a apresentação final. Para Sharon, não existe um adeus real ao Sabbath. “Olha só o que eles deixaram. É uma obra monumental, pra sempre. Enquanto isso existir, nunca é um adeus de verdade”.
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Fonte: rollingstone.com.br