O amor é uma das coisas favoritas de Taylor Swift. Quando tinha apenas 25 anos, ela admitiu que já havia passado “a vida inteira tentando colocar isso em palavras”. Desde seu álbum de estreia, o público acompanha a cantora e compositora lidar com o amor, o coração partido e tudo o que existe antes, depois e no meio disso. Suas músicas sempre foram a maneira perfeita de enfrentar a dor, mas, quando começou a experimentar o amor verdadeiro, ela tratou o tema com a mesma precisão e paixão de suas canções de separação.
Agora, Swift está recentemente noiva do parceiro Travis Kelce, embarcando no tipo de romance de conto de fadas que sonhava viver desde menina. Para celebrar o futuro casamento do casal, aqui estão suas 15 músicas de amor mais românticas.
15 – “Wildest Dreams”
Swift não tem problema em deixar o amor seguir seu curso — nem todo relacionamento foi feito para durar. Mas, se pudesse deixar um último pedido a cada um deles, seria que a permitissem assombrá-los para sempre. “Someday, when you leave me/I bet these memories/Follow you around” (“Algum dia, quando você me deixar/ Aposto que essas memórias/ Vão te seguir por aí”), ela canta em “Wildest Dreams”. Do outro lado está um homem tão alto e incrivelmente bonito — sem mencionar que é perigoso, mas faz tudo isso muito bem. Ele é tudo isso, mas não é “o tal”. Entre flashbacks de luxúria e lembranças vívidas, “Wildest Dreams” carrega um doce sentimento: é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado. — L.P.
14 – “Sparks Fly”
Quando Swift era adolescente, um momento passageiro com um crush provou ser uma experiência riquíssima em inspiração. A música teria sido escrita depois que ela fez um show com uma estrela country mais velha e está repleta da energia explosiva de desejar alguém que você não pode ter. Os “Taylor-ismos” também aparecem com força: tempestades, fogos de artifício e cabelos bagunçados. É tão apaixonada quanto uma canção pode ser, cada instante transbordando esperança de um grande romance. — B.S.
13 – “Everything Has Changed”
Em “Everything Has Changed”, Swift divide sua vida em antes e depois de um momento arrebatador: “All I’ve seen since 18 hours ago/Is green eyes and freckles and your smile/In the back of my mind, making me feel like/I just wanna know you better” (“Tudo que vejo desde 18 horas atrás/São olhos verdes e sardas e seu sorriso/ No fundo da minha mente, me fazendo sentir que/ Eu só quero te conhecer melhor”), ela canta. Ed Sheeran se junta a ela com sua própria revelação predestinada, prometendo derrubar suas paredes azuis pela pessoa certa. Eles seguem as borboletas no estômago e se perguntam onde essa pessoa esteve por toda a vida. “Come back and tell me why/I’m feeling like I’ve missed you all this time/And meet me there tonight/And let me know that it’s not all in my mind” (“Volte e me diga por que/ Sinto como se tivesse sentido sua falta esse tempo todo/ E me encontre lá esta noite/ E me deixe saber que não é tudo coisa da minha cabeça”), cantam. — L.P.
12 – “Mary’s Song (Oh My My My)”
Swift tinha apenas 16 anos quando escreveu de repente uma das histórias de amor mais épicas de toda a sua discografia. Não há amantes amaldiçoados ou dinastias americanas aqui. Em vez disso, esta comovente narrativa foca em um doce casal de idosos que morava ao lado da jovem compositora. “Tudo o que eu precisava fazer era ir para casa e olhar para a casa ao lado para ver um exemplo perfeito de ‘para sempre’”, disse Swift em 2006. A faixa conta como o casal se conheceu quando criança, se apaixonou na adolescência, se casou e teve filhos. Sobre as notas tilintantes de uma steel guitar, ela canta: “I’ll be eighty-seven, you’ll be eighty-nine /I’ll still look at you like the stars that shine” (“Eu terei 87, você terá 89 /E ainda vou olhar para você como as estrelas que brilham”). — M.G.
11 – “This Love”
Swift aposta em segundas chances nesta faixa atmosférica de 1989. Ela fica sem fôlego ao descrever a montanha-russa de encontrar o amor e perdê-lo tão rapidamente. “And I could go on and on, on and on and I will” (“E eu poderia continuar, continuar, e vou”), ela canta. Quando a ponte chega, os gritos silenciosos que ela mencionara antes na canção voltam a ganhar voz. “Your kiss, my cheek, I watched you leave/Your smile, my ghost, I fell to my knees” (“Seu beijo, minha bochecha, eu vi você partir/Seu sorriso, meu fantasma, caí de joelhos”), ela canta. “When you’re young, you just run/But you come back to what you need” (“Quando você é jovem, você simplesmente foge/Mas volta para o que precisa”). Swift era, sem dúvida, jovem quando lançou 1989 — apenas 24 anos —, mas sua ilusão de sabedoria eterna é encantadora. — L.P.
10 – “Mine”
Desde que Swift recomprou os direitos de suas gravações no início deste de 2025, “Mine” ganhou um novo contexto: agora a letra “you are the best thing that’s ever been mine” (“você é a melhor coisa que já foi minha”) descreve a artista finalmente sendo dona da própria obra. Mas a vibração romântica com toques de rock da canção é inegável. Quem mais consegue imaginar um futuro inteiro com alguém que acabou de conhecer? Quem mais consegue amarrar toda a história com uma frase como “you made a rebel of a careless man’s careful daughter” (“Você transformou em rebelde a filha cuidadosa de um homem descuidado”)? Apenas uma romântica incurável que passou a vida tentando colocar o amor em palavras. — M.G.
9 – “Lover”
Quando escreveu “Lover”, Swift tinha um objetivo claro: criar uma grande canção de amor atemporal que pudesse ser tocada em casamentos por décadas. Coisa normal para uma compositora de seu calibre. Na faixa, ela vai para a “Cidade da Ponte” com votos personalizados que prometem aceitar o amado “with every guitar string scar” (“com cada cicatriz de corda de guitarra”) em sua mão e faz referência a Bem Está O Que Bem Acaba, de Shakespeare. É uma valsa nupcial para todas as eras, transbordando romance. Missão cumprida. — M.G.
8 – “Peace”
Existe maneira melhor de declarar a profundidade do seu amor do que em versos poéticos acompanhados por um suave baixo Fender Precision de 1972? Para Taylor Swift, não. Nesta faixa profunda de Folklore, a cantora expõe todos os seus medos e falhas, na esperança de que seus sacrifícios pesem mais que eles. “All these people think love’s for show/ But I would die for you in secret” (“Todas essas pessoas acham que o amor é para exibição/ Mas eu morreria por você em segredo”), sussurra quase imperceptivelmente. Mesmo se entregando por completo e dedicando sua vida a esse amor, Swift ainda se pergunta se isso é suficiente, já que alguém com sua fama não pode prometer uma vida tranquila. É um tipo de romance sóbrio. — M.G.
7 – “Enchanted”
Antes de Reputation, as canções de amor de Swift eram, em sua maioria, construídas sobre um sonho, e “Enchanted” é uma das mais míticas. Ela vive um encontro de contos de fadas com um crush que se transforma em um dos retratos mais majestosos de desejo romântico de sua carreira. Eles se veem de longe em uma sala, trocam olhares e gentilezas passageiras tão intensas que ela passa a noite em claro, imaginando se ele ama outra pessoa. Na ponte, ela implora para que ele também a queira, esperando que um dia possam continuar a história. As letras são o auge de sua era de composições de livro de histórias, antes de ela crescer e deixar a realidade tomar conta. — B.S.
6 – “Cornelia Street”
Em “Cornelia Street”, Swift suplica para que o endereço de seu apartamento continue associado a lar, não a desilusão. A princípio, ela hesita em se abrir para o amor, depois foge, mas acaba voltando e se entrega. “I rent a place on Cornelia Street” (“Alugo um lugar na Cornelia Street”), ela canta, embora deseje algo mais permanente. “I hope I never lose you, hope it never ends/ I’d never walk Cornelia Street again” (“Espero nunca te perder, espero que nunca acabe/ Eu nunca mais andaria na Cornelia Street”). Seu antigo prédio em Nova York se tornou quase um ponto turístico para os Swifties. Foi lá que muitos foram lamentar quando o relacionamento de seis anos de Swift com Joe Alwyn chegou ao fim. Os fantasmas de relacionamentos passados ainda vagam pela rua, mas ela já não é mais assombrada por eles. — L.P.
5 – “Love Story”
Há um motivo para toda manchete sobre seu noivado fazer referência a “Love Story”. O primeiro grande hit de Swift na transição do country para o pop é tão romântico quanto possível. O ousado e contagiante single de Fearless é uma audaciosa reinterpretação de Romeu e Julieta. Como na maior parte das canções de amor do início da carreira de Swift, sua imaginação corre solta com imagens de vestidos de baile, varandas e todos os toques elisabetanos que habitam os sonhos de uma adolescente. Em vez de terminar em duplo suicídio, a versão de Swift para o clássico de Shakespeare termina em um casamento: os dois amantes recebem finalmente a aprovação do pai de Julieta e partem juntos rumo ao pôr do sol. —B.S.
4 – “Delicate”
Enquanto produzia Reputation, Swift ficou fora dos holofotes, mas passou bastante tempo dentro da própria cabeça e em bares mergulhados em penumbra. Em “Delicate”, ela tinha um vocoder, uma reputação radioativa e um desejo de que as narrativas pré-existentes sobre ela não impedissem seu novo amor de florescer. “Is it cool that I said all that?” (“Tudo bem eu ter dito tudo isso?”), ela pergunta. Swift nunca foi de buscar garantias quando se trata de se apaixonar rápido e intensamente. Quando chega à ponte, decide que não tem mais nada a perder e troca a pose de garota descolada por uma confissão. “Sometimes, when I look into your eyes/ I pretend you’re mine all the damn time” (“Às vezes, quando olho nos seus olhos/ Finjo que você é meu o tempo todo”), admite. —L.P.
3 – “Invisible String”
Enquanto a maior parte das faixas de Folklore existe em mundos ficcionais, “Invisible String” se destaca como um raro momento autobiográfico do álbum. Sobre um dedilhado de violão, Swift se pergunta se existe um fio dourado ligando-a a um amor muito antes de eles se conhecerem. Ela volta à juventude dos dois, quando sonhava em encontrar alguém especial, enquanto a pessoa amada trabalhava em um emprego de meio período. Conforme a música avança, Swift fica mais meta que o habitual: ouve “Bad Blood” em um táxi e envia presentes para os filhos do ex. Mas, no fim, ela leva o amado ao mesmo parque em que costumava sonhar, satisfeita por saber que o fio os conectou afinal. —B.S.
2 – “New Year’s Day”
A faixa de encerramento de Reputation é uma delicada canção de amor escondida em um álbum que supostamente fala de vingança. Nela, Swift pinta uma festa cintilante de Ano Novo para evocar a dicotomia do amor e de sua devoção total. Ela não está nesse relacionamento apenas pela emoção de um beijo à meia-noite; promete ficar mesmo quando as coisas ficarem difíceis. (Limpar cera de vela de um piso de madeira realmente soa trabalhoso.) A cantora encerra a faixa com um apelo suave: “Please don’t ever become a stranger whose laugh I could recognize anywhere” (“Por favor, nunca se torne um estranho cujo riso eu reconheceria em qualquer lugar”). É uma das linhas mais vulneráveis e preciosas que Swift já escreveu. —M.G.
1 – “Daylight”
Lover é repleto de cenas íntimas de um relacionamento: passeios escondidos pelo West Village e por Londres, luzes de Natal, anéis de papel. Mas o álbum termina com um passo atrás, com Swift refletindo sobre como o amor verdadeiro realmente se sente depois de passar metade da vida escrevendo sobre o que ela achava que ele deveria ser. “Daylight” é um presente para os fãs de longa data, cheio de referências sutis às maneiras como ela já descreveu romance e desejo no passado. O destaque é a revelação de que ela “once believed love would be burning red” (“um dia acreditou que o amor seria em chamas vermelhas”) apenas para descobrir que é “golden, like daylight” (“dourado, como a luz do dia”). A faixa é terna e contida, terminando com um epílogo falado em que ela declara a importância de ser definida pelo que ama. —B.S.
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Fonte: rollingstone.com.br