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As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone


Com a estreia do novo Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, já em cartaz nos cinemas de todo o país, o slasher volta a ganhar os holofotes e, mais uma vez, prova que é um subgênero do terror que, na verdade, nunca sai de moda, sempre fazendo sucesso com seus assassinos mascarados, mortes criativas e final girls inesquecíveis.

Para celebrar o lançamento da novidade, a Rolling Stone Brasil se debruçou sobre a árdua tarefa de listar as 10 melhores franquias de terror slasher da história do cinema, em ordem de preferência. Confira a nossa seleção a seguir:

10ª Hellraiser

Lançado em 1987 por Clive Barker, adaptando sua própria novela, The Hellbound Heart (1986), Hellraiser – Renascido do Inferno apresentou ao mundo o impassível Pinhead, trazendo não um assassino mascarado típico dos slashers da época, mas um líder demoníaco, que parece um sadomasoquista saído de um pesadelo gótico. Em sua estrutura franquia trouxe horrores cósmicos com fetiches e filosofia, onde a dor e o prazer são indistinguíveis. É terror metafísico com correntes, carne e couro — muito couro.

Apesar de flertar com o slasher, a franquia se destaca mesmo por sua ambição estética e moral, apresentando horrores cósmicos com fetiche e filosofia, em que a dor e o prazer são indistinguíveis. É um terror metafísico com correntes, carne e couro — muito couro —, onde o mal não vem apenas de fora, mas dos desejos humanos levados ao limite.

Com 11 filmes lançados — sendo o mais recente o reboot de 2022, que trouxe uma nova versão de Pinhead interpretada por Jamie Clayton, da série Sense8 —, Hellraiser teve altos e baixos — embora mais baixos do que altos —, mas ainda segue relevante por seu universo único, sua abordagem queer antes de isso ser mainstream no terror e, é claro, por ter transformado dor em puro estilo. — Angelo Cordeiro

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Entertainment Film Distributors)

Psicose

Surpreso pela nossa nona posição? Pois é! Antes de termos adolescentes correndo na floresta e assassinos mascarados com sede de sangue, Psicose já estava lá, em 1960, afiando a faca. Dirigido por Alfred Hitchcock, o filme é considerado um protoslasher — ou seja, um precursor do gênero slasher como o conhecemos.

Com sua famosa cena do chuveiro — que ainda é de arrepiar — e a figura inquietante de Norman Bates (Anthony Perkins, estrela dos quatro primeiros filmes da franquia), Psicose inaugurou muitas das regras que o terror só consolidaria décadas depois: o assassino com trauma familiar, a vítima indefesa, a reviravolta chocante e o uso criativo da ferramenta de matar como símbolo de tensão e violência.

Apesar de o primeiro filme não ter sido idealizado como um slasher, o DNA está todo ali. Psicose abriu caminho para vilões como Michael Myers (Halloween) e Jason Voorhees (Sexta-Feira 13), e mostrou que o verdadeiro horror pode morar em um simples motel de beira de estrada — ou na mente perturbada de um rapaz que ama demais a própria mãe.

Ao longo dos anos, a franquia, que moldou o futuro do terror, expandiu-se e, além das três sequências do original, também ganhou uma série de TV, Bates Motel, exibida entre 2013 e 2017; e, antes disso, até um remake, de 1998 — que é melhor fingir que nunca existiu. — A. C.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Universal Studios)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Universal Studios)

Terrifier

O slasher estava precisando de sangue novo, e Terrifier chegou com muito. Embora alguns enquadrem a franquia no splatter ou gore — filmes com representações gráficas de sangue e violência —, é possível também encaixá-la entre os slashers.

Despretensiosamente, o palhaço Art veio direto do esgoto do pesadelo para fincar seu lugar entre os ícones do terror. Apresentado inicialmente em diversos curtas do diretor Damien Leone, o assassino teve seu primeiro longa lançado em 2016, resgatando o espírito brutal dos anos 1980 com uma cara de filme underground e zero pudor, com muitos efeitos práticos e sangue jorrando à vontade. Nada de sustinho elegante: aqui é tripa na parede, serra elétrica nas ideias e um vilão que mistura o carisma de um personagem do cinema mudo com a crueldade de um cirurgião psicótico.

O sucesso do filme foi tão inesperado quanto visceral. Com um orçamento mínimo, Terrifier viralizou, ganhou duas sequências e transformou Art, o Palhaço em um novo ícone do terror slasher — daqueles que fazem qualquer palhaço de filme de terror parecer infantil.

O diferencial? Um sadismo quase performático e cenas tão gráficas que dividem até os fãs mais cascudos. Se o slasher estava adormecido, Terrifier deu um choque de realidade no gênero, merecendo um lugar de destaque entre as principais franquias. — A. C.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Dread Central Presents)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Dread Central Presents)

Premonição

O que diferencia Premonição de outras franquias slashers de sucesso é o fato de não contar com a figura de um assassino. O grande serial killer da história, na verdade, é a crença velada de que quando chega a sua hora de morrer, não há como escapar da Morte, o que torna a experiência de assistir aos filmes ainda mais assustadora.

Apesar de ter uma mitologia bem estabelecida, Premonição não se faz valer de uma boa história ou do desenvolvimento de personagens para agradar. Iniciada em 2000 e ressuscitada em 2025, após quase quinze anos longe das telonas, a franquia apostou e continua apostando na fórmula que a tornou um sucesso: um grande acidente é evitado pelo protagonista, que prevê a fatalidade, e serve como desculpa para uma sequências das mortes mais originais e imprevisíveis possíveis. E, afinal, é só isso que nós queremos mesmo. — Henrique Nascimento

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/TriStar Pictures)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/TriStar Pictures)

Brinquedo Assassino

Muito antes da boneca Annabelle atormentar os pesadelos das gerações atuais, Chucky já apavorava as criancinhas no fim da década de 1980. A franquia Brinquedo Assassino começou com Chucky invadindo a casa de Andy e deixando claro que ele não perdoaria nem mesmo uma criancinha indefesa.

Nos filmes seguintes, a franquia foi ficando cada vez mais debochada: A Noiva de Chucky (1998) colocou o romance em cena, com Tiffany, sua parceira psicopata, e O Filho de Chucky (2004) fez o vilão abraçar de vez o humor e o caos familiar, em um filme que mistura slasher, sátira e identidade de gênero — sim, Chucky sempre foi mais moderno do que parece.

Mesmo com altos e baixos, a saga se manteve viva graças à mente criativa de Don Mancini, criador e roteirista desde o começo. Em 2013 e 2017, respectivamente, A Maldição de Chucky e O Culto de Chucky trouxeram o personagem de volta às origens mais sombrias, com bons sustos e menos piada. Em 2019 veio o reboot, com uma versão “inteligente” do boneco, controlado por IA, que dividiu opiniões.

Mas foi com a série de TV, lançada em 2021, que Chucky mostrou que ainda tinha muitos corpos para contar: com humor afiado e sangue pra todo lado, a produção apresentou o personagem para uma linguagem mais teen, sem perder a essência. No fim das contas, poucas franquias do terror duraram tanto, mudaram tanto e ainda assim nunca deixaram de ser o que sempre foram como Brinquedo Assassino. — A. C.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Universal Studios)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Universal Studios)

A Hora do Pesadelo

Considerado um dos grandes mestres do horror no cinema, Wes Craven, que nos deixou em 2015, nos presenteou com a sua primeira obra-prima em 1984, quando lançou A Hora do Pesadelo. No longa, o cineasta apresentou um inimigo difícil de combater, que atacava no momento em que estávamos mais vulneráveis: dormindo.

Em meio a um período de esgotamento do slasher, o cineasta nos apresentou Nancy Thompson (Heather Langenkamp, O Clube da Meia-Noite),  uma mocinha bem menos Alice Hardy, de Sexta-Feira 13, e mais Laurie Strode, de Halloween; e o seu algoz, Freddy Krueger (Robert Englund, Stranger Things), um vilão mais carismático do que detestável, apesar de seu passado repugnante.

Juntos, Craven, Langenkamp e Englund criaram uma fórmula perfeita para o sucesso, que resultou em seis sequências, um crossover com Sexta-Feira 13 — o divertidíssimo Freddy x Jason, de 2003 —, um remake — que não repetiu o sucesso do longa original e, bom, é melhor ficar no passado mesmo — e, é claro, uma entrada em nossa lista de melhores franquias slashers de todos os tempos. — H. N.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/New Line Cinema)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/New Line Cinema)

O Massacre da Serra Elétrica

Se Psicose plantou a semente do slasher, O Massacre da Serra Elétrica chegou em 1974, com direção de Tobe Hooper, para estabelecer de vez as bases do gênero. Foi ali que nasceram várias regras sagradas: o assassino mascarado, a final girl em estado de puro terror e a violência gráfica. Com um orçamento apertado e estética de documentário enlouquecido, o filme transformou o assassino Leatherface em lenda e inaugurou o slasher mais sujo e sufocante possível, daqueles que não só assustam, mas fazem você sentir o pavor das personagens. 

Antes mesmo de “slasher” virar palavra da moda nos anos 80, Massacre já ensinava a fórmula: grupo de jovens, casa isolada, mortes escalonadas e uma arma icônica — no caso, uma motoserra. A franquia se desdobrou em nove filmes, entre sequências, reboots e delírios criativos, mas nada se compara ao impacto visceral do original e a ousadia da sequência de 1986, que puxam a franquia para o 4º lugar em nossa lista. Vamos torcer para que, com a disputa pelos direitos da franquia, Leatherface consiga ressurgir novamente implacável em breve. — A. C.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/New Line Cinema)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/New Line Cinema)

3ª Sexta-Feira 13

Sexta-Feira 13 é uma franquia que foi se construindo ao longo dos anos. No primeiro filme, estabeleceu-se a lenda de Jason Voorhees, um garoto que, por descuido dos monitores do acampamento Crystal Lake, acabou se afogando no lago, o que engendrou uma vingança de sua mãe, a Sra. Voorhees.

Depois, descobrimos que, na verdade, ele nunca morreu e agora era quem estava em busca de vingar a morte da mãe, decapitada por Alice Hardy (Adrienne King, Killer Therapy) ao final do primeiro capítulo, lançado em 1980.

Com o tempo, Jason Voorhees ganhou a máscara de hóquei e o facão, que se tornaram característicos do vilão; e o caráter sobrenatural, responsável por transformá-lo em um ser imortal e colocá-la em uma incessável busca por sangue, que se arrastou por mais de dez filmes — entre sequências, reboots e remakes — e cimentou Sexta-Feira 13 entre as maiores franquias de terror do cinema.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Paramount Pictures)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Paramount Pictures)

Halloween

Halloween – A Noite do Terror, de John Carpenter, foi o nascimento oficial do slasher como o conhecemos. Lançado em 1978, com orçamento modesto e precisão cirúrgica, o filme transformou Michael Myers até mesmo em fantasia de Dia das Bruxas.

Na franquia, ele é um assassino mascarado que persegue silenciosamente adolescentes em uma vizinhança pacata. Mais do que facadas, Halloween entregou atmosfera, aquela sensação de que o mal pode estar atrás de qualquer porta… Ou parado ali, no meio da calçada, só observando. E claro, é nesta franquia que a final girlLaurie Strode (Jamie Lee Curtis, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo) virou símbolo de resistência no terror.

A fórmula vingou — e como! Com 13 filmes até agora, entre continuações, reboots e timelines alternativas dignas de multiverso, a franquia Halloween ajudou a cristalizar a estrutura do slasher: feriado temático, adolescente distraído, trilha sonora marcante e um vilão imparável.

Michael Myers é o mal encarnado, sem motivo nem redenção, e isso o torna aterrorizante até hoje. Halloween não só definiu um gênero como o eternizou, provando que o medo mais profundo pode nascer dentro de casa, numa noite comum, com uma respiração ofegante atrás de uma máscara branca. — A. C.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Universal Studios)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Universal Studios)

Pânico

Pânico nasceu como um misto de paródia e homenagem a um gênero que Wes Craven ajudou a popularizar. Na produção, o cineasta brincava com todos os clichês do gênero: o assassino mascarado, a final girl, as mortes violentas e, principalmente, as regras para sobreviver.

O primeiro filme foi um sucesso e, logo, a franquia ganhou novos capítulos, que usavam a história de Sidney Prescott (Neve Campbell, O Poder e a Lei) — uma das final girls mais longevas do cinema — para brincar com outros aspectos do cinema — com destaque para o terror, é claro — e a forma de consumir os seus produtos.

Mesmo três décadas após a sua estreia — e uma desde que a morte de Craven —, Pânico continua se reinventando e voltando cada vez mais forte, mantendo a sua consistência e, principalmente, excelência, graças ao carinho e cuidado empregado por seus realizadores, que não nos deixam colocar Pânico em outra posição que não a de melhor franquia slasher do cinema. — H. N.

As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Paramount Pictures)
As 10 melhores franquias de terror slasher do cinema, segundo Rolling Stone (Divulgação/Paramount Pictures)

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Fonte: rollingstone.com.br

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