O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pode ser o novo alvo da Lei Magnitsky por sua postura em relação aos pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A possibilidade foi sugerida por Paulo Figueiredo, jornalista, influenciador de direita e empresário.
Para Figueiredo, Alcolumbre representa o principal empecilho para a tramitação do impeachment contra Moraes e que sua omissão configura, segundo os critérios da Lei Magnitsky — legislação dos Estados Unidos que sanciona autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos —, uma colaboração com atos que ferem esses direitos.
A possibilidade começou a ganhar força entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após Alcolumbre declarar, na quarta-feira (6), de que não pautaria as propostas de afastamento de Moraes.
Embaixada norte-americana volta a subir o tom
Em nota, publicada na quinta-feira (7), a embaixada dos Estados Unidos no Brasil também admitiu que o governo norte-americano poderia ampliar as sanções para autoridades que apoiam Alexandre de Moraes.
“Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”, diz a nota. O Itamaraty chamou o encarregado de negócios dos EUA para explicações sobre a publicação.
Davi Alcolumbre diz que poderia analisar pedido de impeachment
Também neste sexta-feira, o senador Davi Alcolumbre tentou reduzir o atrito com os 41 senadores – o mínimo necessário – que assinaram o requerimento para o impeachment e disse que poderia analisar o pedido.
A Lei Magnitsky permite que autoridades estrangeiras sejam responsabilizadas por apoio ou conivência com abusos de direitos humanos, o que inclui sanções econômicas e restrição de entrada nos Estados Unidos. Para a direita, ao travar o processo contra Moraes, Alcolumbre estaria cooperando com esse tipo de violação, colocando-se como possível alvo da lei.
Fonte: Revista Oeste