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A polêmica em torno do rompimento entre The Who e Zak Starkey


The Who se desligou de Zak Starkey, 59 anos, apenas três semanas após dois shows com ele no Royal Albert Hall, em Londres, confirmou a Rolling Stone EUA. O baterista se apresentou com eles em praticamente todos os shows desde que entrou para a banda em 1996, e aparece nos álbuns Endless Wire (2006) e Who (2019).

“A banda tomou a decisão coletiva de se separar de Zak após esta rodada de shows no Royal Albert Hall”, disse um representante da banda em um comunicado. “Eles não têm nada além de admiração por ele e lhe desejam o melhor para o futuro.”

Não está claro o que exatamente precipitou a demissão, mas Roger Daltrey, 81, teria ficado insatisfeito com sua apresentação nos shows do Royal Albert Hall. Quando a banda tentou tocar a música “The Song is Over”, do Who’s Next (1971), pela primeira vez na história, Daltrey interrompeu a música após apenas um verso e desabafou algumas frustrações.

The Who com Zak Starkey, em 2023 – Foto: Frank Hoensch / Redferns

“Para cantar essa música, eu preciso ouvir o tom, e não consigo”, disse ele. “Tudo o que tenho é a bateria fazendo bum, bum, bum. Não consigo cantar isso. Desculpem, pessoal.”

Starkey, inicialmente, postou uma foto sua com Daltrey no começo desta semana no Instagram, acompanhada de uma legenda sarcástica: “Ouvi hoje de uma fonte interna, cujo nariz diz que o toger daktrey [sic], vocalista e principal compositor do grupo, está descontente com a apresentação do baterista Zak no Albert Hall algumas semanas atrás e está apresentando acusações formais de exagero e vai literalmente dar um tapa no baterista.”

Depois, o baterista confirmou a saída e, em comunicado por escrito à Rolling Stone EUA, declarou:

“Tenho muito orgulho dos meus quase trinta anos com o The Who. Substituir meu padrinho, o ‘tio Keith [Moon]’, foi uma grande honra e continuo sendo o maior fã deles. Eles são como uma família para mim. Em janeiro, sofri uma emergência médica grave com coágulos sanguíneos na panturrilha direita. Agora, estou completamente curado e não afeta minha bateria nem minhas corridas.

Depois de tocar essas músicas com a banda por tantas décadas, fico surpreso e triste que alguém tenha se incomodado com minha apresentação naquela noite, mas o que se pode fazer? Pretendo tirar um tempo muito necessário com minha família e me concentrar no lançamento de Domino Bones, do Mantra of the Cosmos, com Noel Gallagher, em maio, e na conclusão da minha autobiografia escrita exclusivamente por mim. Vinte e nove anos em qualquer emprego são uma boa jornada, e desejo o melhor a eles.”

Starkey é o filho mais velho do baterista dos Beatles, Ringo Starr, e cresceu perto do baterista original do The Who, Keith Moon. “Keith era como um tio, de verdade”, disse Starkey à Modern Drummer em 2006. “Ele era um dos melhores amigos do meu pai. Quando meu irmão, minha irmã e eu ficávamos com meu pai lá, ocasionalmente passávamos alguns dias na casa do Keith. Keith era o babá. A gente só saía e conversava sobre qualquer coisa, na verdade – garotas, surfe, bandas, bateria. Ele era um cara fantástico para se conviver.”

Starkey entrou para a órbita do The Who em 1995, quando Daltrey o convidou para uma turnê solo. No ano seguinte, juntou-se ao The Who quando eles se reuniram para uma turnê tocando Quadrophenia na íntegra. Ele perdeu alguns shows ao longo dos anos devido a lesões ou compromissos externos, mas esteve presente em praticamente todos os shows. Ele também teve a maior permanência na banda entre todos os bateristas da história.

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Fonte: rollingstone.com.br

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