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A noite em que a Princesa Diana se disfarçou de homem para encontrar Freddy Mercury


Décadas após sua morte, o fascínio em torno da princesa Diana continua mais vivo do que nunca — e agora, um novo livro traz à tona uma história surpreendente sobre a eterna Lady Di: a noite em que ela se disfarçou de homem para entrar despercebida em um bar gay de Londres, ao lado de ninguém menos que Freddie Mercury.

O episódio é narrado em Dianaworld: An Obsession, biografia escrita por Edward White que investiga a vida e o legado da princesa de Gales sob um novo olhar. O livro reconstrói desde os laços de sua família com a realeza britânica até suas ambições pouco conhecidas após o divórcio de Charles, antes de sua morte trágica em Paris, em 1997.

Entre as histórias mais marcantes, está a noite em que Diana, acompanhada do vocalista do Queen, do comediante Kenny Everett e da atriz Cleo Rocos, decidiu visitar o icônico Royal Vauxhall Tavern, um dos bares gays mais conhecidos de Londres. Everett teria tentado dissuadi-la, dizendo que o lugar era “cheio de gays peludos e não era para você”. Mas Diana estava determinada.

Com a ajuda dos amigos, ela montou um disfarce: jaqueta militar, boné de couro, óculos escuros estilo aviador e o cabelo escondido. À meia-luz, o grupo concluiu que ela poderia passar por um modelo masculino meio excêntrico. Funcionou. Segundo Rocos, “foi escandalosamente divertido… e o mais estranho é que ninguém, absolutamente ninguém, reconheceu Diana”. Eles tomaram um drinque e saíram discretamente. No dia seguinte, ela devolveu as roupas de Everett ao palácio.

O episódio parece saído de uma fábula moderna — e talvez seja mesmo. Mas há outros relatos similares, como a vez em que Diana acompanhou seu então namorado Hasnat Khan a um clube de jazz em Londres, usando peruca e óculos para se camuflar na multidão.

Esses momentos são releituras contemporâneas de um velho arquétipo: o da princesa que, em busca de si mesma, deixa para trás a pompa e mergulha anonimamente no mundo real. Inclusive a rainha Elizabeth II tem sua própria versão, na história (romantizada no filme Uma Noite Real) sobre quando saiu às ruas com a irmã Margaret para celebrar o fim da Segunda Guerra.

Fato ou lenda, o disfarce de Diana em um bar gay virou símbolo de sua conexão com a comunidade LGBTQIA+ — e, mais do que isso, de sua busca por pertencimento, por um espaço onde pudesse ser quem realmente era.

Esse sentimento inspirou o escritor Desmond O’Connor a criar Royal Vauxhall, um musical cabaré baseado nessa noite icônica. Na época de sua criação, vários bares gays londrinos estavam fechando as portas, e o Royal Vauxhall Tavern também corria risco. Para O’Connor, a história de Diana ecoava a realidade da comunidade queer: ambos precisavam de um lugar seguro para existir de forma autêntica.

Mesmo tendo palácios como Kensington, Highgrove e Althorp à disposição, Diana muitas vezes se sentia presa em “gaiolas douradas”, onde apenas suas necessidades materiais eram atendidas. No Royal Vauxhall, mesmo que só por uma noite, ela foi livre — sob uma nova identidade, mas talvez mais próxima de si mesma do que nunca.

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Fonte: rollingstone.com.br

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