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A homenagem de Zeca Pagodinho a Arlindo Cruz, que nos deixou


A música brasileira perdeuArlindo Cruz, um dos seus maiores ícones, nesta sexta, 8. Em vídeo publicado no Instagram, o cantor Zeca Pagodinho se pronunciou sobre a morte do artista, que era grande amigo dele.

Na publicação em questão, Zeca fez um discurso rápido, porém bastante emocionante. “Morre hoje meu compadre, meu parceiro, meu amigo Arlindo Cruz. Que Deus receba de braços abertos, sofreu muito e agora precisa descansar um pouco. Vai com Deus!”, disse.

Zeca e Arlindo Cruz formaram uma das duplas mais queridas do samba e pagode brasileiro. Compositores de sucesso, os dois trabalharam juntos em várias canções memoráveis, como “Camarão que dorme a onda leva”, com Beto Sem Braço, gravada por Beth Carvalho, e a inesquecível “SPC”, além de “Dor de Amor”, que conta com a colaboração de Acyr Marques, irmão de Arlindo.

Além das parcerias musicais, os amigos compartilhavam momentos pessoais. Segundo o biógrafo de Arlindo, Marcos Salles, Zeca e Arlindo eram inseparáveis e, nos anos 1980, o cantor de “Deixa a Vida Me Levar” ia até a Caixa Econômica Federal no Centro do Rio de Janeiro, onde Arlindo trabalhava, para os dois irem juntos aos ensaios e festas no famoso Cacique de Ramos, berço do samba carioca.

Vida e carreira de Arlindo Cruz

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958, no subúrbio do Rio de Janeiro. Criado em uma família com aspiração musical, ele ganhou seu primeiro cavaquinho no início da infância e já na juventude começou a participar das rodas de samba. Foi nessa época que ele passou a atuar com Candeia, com quem fez as primeiras gravações em estúdio.

Aos 15 anos, o artista foi para Barbacena (MG) para um período de estudos na Aeronáutica. Ao voltar para o Rio de Janeiro, Arlindo Cruz passou a frequentar o Cacique de Ramos, uma das principais rodas de samba do país, onde conheceu nomes como Jorge Aragão, Almir Guineto e Zeca Pagodinho.

Em 1981, iniciou sua carreira profissional e logo se destacou como compositor: suas músicas foram gravadas por grandes nomes como Beth Carvalho, Alcione e Maria Rita. Com a saída de Jorge Aragão do Fundo de Quintal, Arlindo Cruz foi convidado a participar do grupo, onde ele permaneceu até 1993. Ao longo desses 12 anos, o músico participou de nove álbuns e produziu sucessos como “Seja sambista também” e “Só Pra Contrariar”.

Em 1993, Arlindo saiu do Fundo de Quintal para seguir carreira solo e lançou seu primeiro álbum, Arlindinho. O sucesso continuou nos anos seguintes. Em parceria com Sombrinha, ele lançou Da Música (1996), que vendeu cerca de 60 mil cópias. O DVD MTV Ao Vivo: Arlindo Cruz é outro destaque.

Arlindo compôs mais de 500 canções, gravadas por diversos artistas, e é reconhecido como um dos instrumentistas mais influentes do samba. Sua obra ainda inclui dezenas de composições para escolas de samba, duas indicações no Prêmio da Música Brasileira (o qual venceu em 2015) e cinco indicações ao Grammy Latino.

O último projeto artístico de Arlindo Cruz foi 2 Arlindos, lançado com o filho Arlindinho em 2017, pouco antes do AVC que interrompeu sua carreira.

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Fonte: rollingstone.com.br

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