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A curiosa ‘gárgula’ de Darth Vader em catedral nos Estados Unidos; como ela foi parar lá?


Entre vitrais coloridos e torres góticas que se erguem sobre Washington D.C., a capital americana, um detalhe chama a atenção na Catedral Nacional de Washington: a cabeça de Darth Vader esculpida em sua fachada. O vilão de Star Wars está eternizado em pedra desde 1986, fruto de um concurso que uniu arquitetura, educação e cultura pop. Mas como a gárgula foi parar lá?

A história começa em 1984, quando a revista National Geographic World promoveu, em parceria com a Catedral, um concurso internacional para que crianças criassem novos grotescos — esculturas decorativas que, ao contrário das gárgulas, não funcionam como calhas d’água. Entre 1.400 desenhos enviados, o de Chris Rader, um garoto de 13 anos de Nebraska, propunha o rosto de Darth Vader. Embora não tenha levado o primeiro lugar, sua ideia foi considerada tão criativa que acabou esculpida junto com outras três finalistas.

O projeto saiu do papel graças ao escultor Jay Hall Carpenter, que utilizou imagens dos filmes para modelar o capacete em argila, e ao mestre artesão Patrick J. Plunkett, que transformou o desenho em pedra calcária. Assim, Vader ganhou um lugar inusitado entre as figuras que adornam o templo em estilo gótico.

Para os responsáveis pela obra, a escolha fazia sentido. Historicamente, grotescos simbolizam as forças do mal fora da igreja. E poucos personagens da ficção representam tão bem o “lado sombrio” quanto Darth Vader, cuja trajetória de queda e redenção também carrega uma mensagem espiritual: a vitória do bem sobre o mal.

Discreta, a escultura só pode ser vista com ajuda de binóculos no lado noroeste da Catedral. Ainda assim, tornou-se uma das atrações mais comentadas do templo. Hoje, o “Vader de pedra” é prova de que até a mais tradicional arquitetura pode dialogar com a cultura pop — e que a galáxia criada por George Lucas já faz parte do imaginário coletivo e espiritual.

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Angelo Cordeiro é repórter do núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo. Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas, escreve sobre filmes desde 2014. Paulistano do bairro de Interlagos e fanático por Fórmula 1. Pisciano, mas não acredita em astrologia. São-paulino, pai de pet e cinéfilo obcecado por listas e rankings.



Fonte: rollingstone.com.br

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