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Secretário será sabatinado após denúncia de racionamento de comida nos abrigos de Santos

O secretário de Desenvolvimento Social de Santos, Elias Júnior, será sabatinado por vereadores e pela sociedade em uma audiência pública no próximo dia 2 de abril, na Câmara Municipal. A convocação ocorre após denúncias de que abrigos da cidade estariam racionando comida para a população em situação de rua. O caso foi levado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que agora apura as alegações.

Denúncias e polêmica na Câmara

A denúncia aponta que crianças, jovens, idosos e pessoas em vulnerabilidade social estariam recebendo menos comida do que o recomendado pela própria Secretaria de Desenvolvimento Social. A situação gerou forte repercussão entre parlamentares, e um pedido formal para convocar o secretário foi apresentado pela vereadora Débora Camilo (PSOL). No entanto, por 14 votos a seis, a maioria dos vereadores rejeitou a convocação.

O vereador Rui de Rosis Jr (PL), um dos que votaram a favor da convocação, criticou a postura do governo municipal:

“Orquestrar a política para proteger funcionários do alto escalão é não apenas antidemocrático, mas também um desrespeito ao cidadão santista que merece clareza sobre como a cidade está sendo gerenciada.”

Outras acusações contra a secretaria

Além da denúncia sobre o racionamento de alimentos, a gestão de Elias Júnior também está sendo questionada pelo uso de imóveis públicos. Um dos casos envolve o Centro Dia para Pessoas Idosas, que ainda não foi aberto, apesar do pagamento de R$ 315 mil em aluguéis para um imóvel na Avenida Afonso Pena. O vereador Sérgio Santana (PL) cobrou explicações da Prefeitura sobre os gastos sem que o serviço estivesse funcionando.

Respostas da Secretaria e próximos passos

A Secretaria de Desenvolvimento Social nega as acusações e afirma que os serviços estão sendo aprimorados. Sobre a questão alimentar, a pasta diz que ajustes estão sendo feitos para alinhar as refeições ao recomendado e evitar desperdícios.

A audiência pública do dia 2 de abril será um momento-chave para que o secretário preste esclarecimentos à população e aos vereadores. Caso ele não compareça, novas medidas poderão ser discutidas para pressionar o governo municipal a dar respostas mais concretas sobre o caso.

Fonte: Diário do Litoral

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