O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou neste sábado (18) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “está morrendo aos poucos”. Em publicação na rede X, ele criticou aliados e pediu o fim das disputas políticas dentro da direita.
Machado declarou conhecer Bolsonaro “como poucos” e afirmou que o ex-presidente sofre com os efeitos emocionais do isolamento. “Ele está somatizando todo esse sofrimento a ele imposto. Bolsonaro está morrendo aos poucos”, disse.
O ex-presidente, de 70 anos, cumpre prisão domiciliar em Brasília desde agosto. Ele enfrenta crises de soluço e passou por pelo menos 13 hospitalizações desde o atentado de 2018, quando foi esfaqueado durante a campanha eleitoral.
Ex-ministro critica aliados por briga pelo “espólio” de Jair Bolsonaro
Machado também defendeu unidade entre os apoiadores. “As pessoas que se elegeram por sua causa deveriam parar de lutar pelo espólio do nosso maior líder, que ainda está vivo”, escreveu. Ele afirmou que Bolsonaro continua sendo o centro das disputas e pediu foco “na volta da liberdade no país”.
O ex-ministro declarou que teme o impacto político caso Bolsonaro morra sob custódia. “Não sei o que será do Brasil se Bolsonaro morrer no cárcere”, alertou.
A declaração ocorre em meio ao debate sobre a sucessão da direita para 2026. Nesta semana, a senadora Tereza Cristina (PP-MS), também ex-ministra de Bolsonaro, disse que a oposição precisa de um nome com viabilidade eleitoral contra o presidente Lula. Ela citou Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Michelle Bolsonaro (PL-DF) como opções, mas excluiu Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) da lista.
Eduardo respondeu nas redes sociais e criticou a exclusão. Ele afirmou que as pesquisas mostram o oposto do que Tereza Cristina declarou. Segundo ele, figuras políticas que cresceram graças a Bolsonaro agora “se acham no direito de escolher o próximo candidato”.
Michelle diz que prisão de Bolsonaro atrapalhou a festa de 15 anos da filha
Em meio ao impasse político, Michelle Bolsonaro também se pronunciou. No Instagram, lamentou não poder celebrar o aniversário de 15 anos da filha, Laura, como gostariam de organizar o evento, devido à prisão do marido.
“Infelizmente, não poderemos celebrar como pretendíamos, por conta de uma injustiça que hoje mantém seu pai em prisão domiciliar”, escreveu.
Na sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou um almoço em comemoração. O encontro podia ter até nove convidados, entre eles a senadora Damares Alves, o maquiador Agustin Fernandez e integrantes do grupo de oração liderado por Michelle Bolsonaro.
Fonte: Revista Oeste