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A solução de Toni Garrido após polêmica por mudança na letra de ‘Girassol’


No início de outubro, Toni Garrido propôs mudança na letra de “Girassol”, do Cidade Negra. O vocalista declarou considerar que um dos versos originais da música seria “hétero, machista, top, horrível.”

A sugestão não foi muito bem aceita pelo público, que não via machismo na canção. Entretanto, o artista parece ter encontrado um meio termo como solução.

Durante apresentação no festival Clássicos do Brasil, realizado no Rio de Janeiro no último fim de semana, Toni Garrido cantou “Girassol” das duas formas:

  • primeiro, com o verso original;
  • depois, com a adaptação que ele sugeriu inicialmente no programa Altas Horas, da TV Globo.

Verso original:

“A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos; Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de um menino, de um menino”

Verso adaptado:

“A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos; Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de uma menina, de uma mulher”

Veja abaixo.

Toni Garrido, Cidade Negra e “Girassol”

Durante participação no Altas Horas, Toni Garrido explicou que, depois de anos, vinha tendo a sensação que “Girassol” soava “machista”. Por isso, propôs uma adaptação na letra e disse:

“A gente tem uma música, ‘Girassol’, que durante anos cantamos, e eu tinha certeza que eu estava cantando uma canção certa de amor, que estava fazendo bem pras pessoas. Depois de 25 anos, um dia bateu uma ficha… a música era: ‘A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos; Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de um menino, de um menino’. Hétero, machista, top, horrível.”

Segundo ele, o trecho final, que fala sobre “ter a grandeza de um menino” e repete “de um menino”, seria modificado para mencionar “menina” e “mulher”.

Um vídeo com uma passagem do programa de TV viralizou nas redes sociais. A repercussão foi majoritariamente negativa, visto que o público não enxerga machismo na letra original.

Explicação

Diante da polêmica, Toni Garrido recorreu às redes sociais para se manifestar novamente sobre a mudança. O artista deixou claro que o público pode cantar a letra como preferir e garantiu que apenas quis fazer uma homenagem ao público feminino.

Inicialmente, ele afirmou:

“Gente, que curioso a polarização das palavras. De uma coisa tão simples e que dentro de tantas coisas incríveis, a gente vê uma discussão enorme por causa da semântica, do entendimento dessas palavras. Na realidade, de uma mudança, de uma palavra. As pessoas podem cantar como elas quiserem, elas conhecem a música de um jeito. ‘Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino’. Eu fico muito feliz que elas gostem disso e que cantem a música dessa forma. Quem sou eu pra dizer se você pode cantar ou não pode cantar do jeito que você quiser?! A arte é livre.”

Em seguida, complementou:

“No meu entendimento, na minha brincadeira amorosa eu queria homenagear as mulheres. Todo grande homem tem a grandeza de um pai e de uma mãe. E de um menino também, poeticamente falando. Eu queria muito dizer que todo grande homem, tem por trás dele, ou a frente dele, ou junto dele uma grande mulher. E a gente não fala muito isso. Então, é por isso que eu coloco aqui que ‘já que pra ser homem tem que ter a grandeza de uma mulher’. Que é a mãe, a pessoa que cuida dele, ou a irmã, ou qualquer elemento feminino.. Que o conduz e que dá uma sensibilidade, um equilíbrio, na personalidade dele para ele ser um ser humano querido, legal, gente fina. É só isso. Fiquem em paz e com muito amor no coração!”

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Fonte: rollingstone.com.br

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