A banda de heavy metal Gwar tem sido alvo de críticas por perfis de direita nas redes sociais após se apresentar no festival Riot Fest, em Chicago, nos Estados Unidos.
O grupo gerou revolta ao “matar” o presidente Donald Trump em encenação no palco. Em outra parte do show, o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), também foi “assassinado”.
Curiosamente, a interpretação é feita há anos. Existem registros mostrando número similar em 2018. Veja vídeo recente abaixo.
Watch as the terrible band known as GWAR disrespects President Trump during one of their concerts. pic.twitter.com/ZjO1hk1cgW
— Brandon (@LibOrNormal) May 13, 2025
De acordo com postagens que criticaram o Gwar, a banda promove a “normalização da violência”. Perfis ligados ao movimento Make America Great Again (MAGA), que foi slogan de campanha de Trump, afirmaram (via NME):
“Isso não é ousado, é grotesco e imprudente, e normaliza a violência contra uma pessoa real. Isso não está certo. O Riot Fest e o Gwar cruzaram um grande limite.”
Outro acrescentou:
“A esquerda está realmente doente.”
No TikTok, o perfil Libs, ligado ao Partido Republicano, condenou a encenação da banda:
“Artistas do Riot Fest em Chicago, Illinois, simularam o estripamento sangrento do presidente Trump no palco enquanto a multidão aplaudia. Isso é incitação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. Os democratas não conseguem se conter. Eles adoram promover a violência.”
O que diz o Gwar
Fundado em 1984 em Richmond, Virginia (EUA), o Gwar se notabilizou por se apresentar ao vivo com fantasias de monstros e abordar temas como violência, drogas, sexo e política de forma satírica.
Segundo o vocalista Blöthar The Berserker, acusá-los de incitar a violência é uma interpretação errada da proposta da banda. Ele disse à Billboard:
“A ideia de que o Gwar está normalizando a violência é patentemente absurda. Não somos milionários com medo do que as pessoas vão dizer quando virem o que fazemos… Somos um grupo de artistas que faz arte, e a ideia é que o que fizemos é normalizar a violência… Não há nada de normal na violência que acontece em um show do Gwar.”
O frontman do Gwar completou:
“É um desenho animado, é Looney Tunes… É uma tentativa de transformar a violência em um espetáculo e mostrar o absoluto absurdo da humanidade. É isso que o Gwar é, é absurdo. Dizer que está normalizando a violência é realmente exagerado.”
Festival se pronuncia
O festival Riot Fest também se manifestou e saiu em defesa da banda, comemorando que “idiotas da internet” estão apenas oferecendo publicidade gratuita ao evento:
“As pessoas mais idiotas da internet ainda estão bravas hoje em dia. Adoro. Contanto que continuem postando aquele vídeo incrível e mencionando nosso nome para publicidade gratuita, é uma vitória para mim.”
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Fonte: rollingstone.com.br