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O artista que fez o Tiny Desk estourar, segundo produtora da NPR


O Tiny Desk Concerts é, há anos, um queridinho da internet. Produzida desde 2008 pela NPR (National Public Radio) Music nos Estados Unidos, a série de shows conta com mais de 3,5 bilhões de visualizações online e performances históricas de artistas e grupos como Anderson Paak, Alicia Keys, Jorja Smith, Adele, Ca7riel & Paco Amoroso, Tyler the Creator, Harry Styles, entre vários outros.

Mas houve uma apresentação específica que fez o projeto estourar nas redes sociais. Em entrevista a Silvio Essinger para o jornal O Globo, a produtora executiva Suraya Mohamed revelou que o destino da série de performances mudou graças a T-Pain.

O cantor e rapper nascido em 1984 fez enorme sucesso nos anos 2000 pelo uso de Auto-Tune, ferramenta que corrige desafinações — mas, no caso do americano, era empregada para criar texturas e fraseados específicos. Sua participação no Tiny Desk Concerts em 2014 foi reveladora para o público geral, pois muitos não sabiam da capacidade vocal do artista, e para a própria NPR, que enxergou potencial na iniciativa.

“Tudo começou por diversão e, por muitos anos, o Tiny Desk foi feito com artistas que estavam passando por Washington. Se estavam fazendo show em algum clube às 21h30, a gente perguntava: ‘Ei, você gostaria de passar aqui na NPR e tocar um pouco antes?’. T-Pain foi quem meio que fez a série explodir, quando todos o viram cantar sem Auto-Tune e perceberam: ‘Ah, esse cara sabe cantar de verdade!’.”

A partir daí, o Tiny Desk começou a receber artistas que não necessariamente estavam em Washington, cidade que concentra as operações da NPR, para outros compromissos. O “cardápio” de gêneros musicais também se ampliou: deixou de ser majoritariamente indie para agregar também hip hop, R&B e jazz, além de músicos da chamada “música latina”. Até mesmo brasileiros como Milton Nascimento, Seu Jorge e Liniker já participaram.

Tiny Desk Concerts no Brasil

Após 17 anos de história, o Tiny Desk Concerts ganhou uma versão brasileira. O país é apenas o terceiro do mundo a receber uma versão própria para além dos Estados Unidos, depois de Japão e Coreia do Sul.

Agora, as gravações vão rolar no escritório do Google em São Paulo, na Faria Lima. Anonymous Content Brazil e YouTube Brasil estão por trás da operação, com curadoria rigorosa que inclui aprovação final da própria NPR americana.

Duas temporadas estão planejadas para o primeiro ano, cada uma com cinco apresentações. As filmagens já começaram e a estreia está marcada para outubro no YouTube.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.





Fonte: rollingstone.com.br

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