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Stevie Nicks revela como Lindsey Buckingham transformou sua vida em um ‘pesadelo’


Imagine ter que silenciar sua própria essência, reprimir seu riso natural e transformar-se em uma sombra de si mesma apenas para conviver com alguém que um dia foi o amor da sua vida. Esta foi a realidade dolorosa que Stevie Nicks viveu ao lado de Lindsey Buckingham após o fim do relacionamento que marcou para sempre a história do rock. A voz inconfundível por trás de clássicos como “Dreams” e “Rhiannon” carrega consigo não apenas melodias atemporais, mas também cicatrizes profundas de uma relação que se transformou em algo tóxico e sufocante.

Dois meses após o início das gravações de Rumours, quando Stevie Nicks e Lindsey Buckingham decidiram encerrar seu relacionamento amoroso, ninguém poderia imaginar que essa ruptura geraria tanto uma obra-prima musical quanto um inferno pessoal. “Quando terminamos, dois anos depois de entrar no Fleetwood Mac, foi como um pesadelo vivo”, confessou Nicks em entrevista à Rolling Stone. “Tudo sobre mim parecia irritá-lo. Minha risada, a forma como eu conseguia lidar com muitas coisas difíceis, tudo isso o fazia querer se encolher”.

A pressão psicológica era tanta que a própria Stevie Nicks, uma das vozes mais poderosas do rock, se viu obrigada a se anular completamente. “Então eu mudei quando estava perto dele. Me tornei tímida como um rato e nunca ousaria oferecer uma sugestão”, revelou com uma honestidade cortante. Quantas ideias brilhantes foram perdidas nesse silêncio forçado? Quantas contribuições musicais ficaram presas na garganta de uma das maiores compositoras de sua geração? A dureza da relação pós-término era tamanha que, em 1990, Nicks chegou a compará-los com “uma jiboia e um rato”. Anos mais tarde, em 1994, ela seria ainda mais direta: “Ele sente que eu quebrei nosso time. Então, por isso, em sua mente, eu deveria ser torturada por dias e depois morta”.

Os problemas não nasceram com o fim do relacionamento, apenas se intensificaram brutalmente. Desde os tempos de colegial em Los Angeles, quando ainda sonhavam em conquistar o mundo da música como dupla, Buckingham já demonstrava sinais de possessividade. “Rico e famoso ou faminto e pobre, passamos pelos mesmos problemas”, recordou Nicks. “Ele sempre me queria só para ele, mas alguém tinha que sair e ganhar algum dinheiro. Quando eu chegava em casa, sempre recebia um tratamento frio. Ele não confiava totalmente em mim sobre onde eu havia estado”.

O controle se estendia até mesmo às questões mais íntimas do relacionamento. Buckingham chegou a usar as próprias canções da banda como arma psicológica contra Nicks. A icônica “Go Your Own Way” continha uma linha sobre ela “se amasiar” com outros homens, algo que Nicks negava veementemente. “Toda vez que essas palavras saíam no palco, eu queria ir até lá e matá-lo”, confessou ela à Rolling Stone em 1997. “Ele sabia disso, então realmente apertava meus botões através daquilo. Era como: ‘Vou fazer você sofrer por me deixar’. E eu sofri. Por anos”. Cada faixa pulsa com a energia crua de corações despedaçados e de uma convivência que se tornou um exercício diário de sobrevivência emocional.

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Nascida na Argentina mas radicada no Brasil há mais de 15 anos, Daniela achou na música sua linguagem universal. Formada em radialismo pela UNESP, virou pesquisadora criativa e firmou seu pé no jornalismo musical no portal Popload. Gateira, durante a semana procura a sua próxima banda favorita e aos finais de semana sempre acha um bom show para assistir.



Fonte: rollingstone.com.br

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