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Bruce Springsteen detona Trump em entrevista e pede novo impeachment


A guerra de palavras entre Bruce Springsteen e Donald Trump atingiu um novo patamar de intensidade. Em entrevista explosiva à revista TIME, o lendário cantor de Nova Jersey não mediu palavras ao atacar o ex-presidente americano, pedindo seu impeachment e declarando que ele deveria ser “enviado para a lixeira da história”.

O confronto público entre os dois ícones americanos ganhou contornos quase cômicos quando Trump compartilhou um meme nas redes sociais mostrando-se acertando Springsteen com uma bola de golfe. A reação do Boss? Uma gargalhada. “Não poderia me importar menos com o que ele pensa sobre mim”, disparou Springsteen quando questionado sobre o episódio pela TIME.

Mas por trás do riso, há uma crítica feroz ao estado da política americana. Springsteen foi direto ao ponto ao avaliar a presidência de Trump: “Ele é a personificação viva daquilo para que a 25ª Emenda e o impeachment foram criados. Se o Congresso tivesse coragem, ele seria enviado para a lixeira da história”. A 25ª Emenda permite a remoção de um presidente considerado incapaz de exercer o cargo.

O músico não poupou críticas àqueles que apoiaram Trump ao longo dos anos. “Muita gente acreditou nas mentiras dele”, afirmou Springsteen. “Ele não se importa com ninguém esquecido além de si mesmo e dos multibilionários que estavam atrás dele no Dia da Posse. Você tem que aceitar o fato de que um bom número de americanos está simplesmente confortável com sua política de poder e dominância”.

A rivalidade entre os dois se intensificou após Springsteen criticar publicamente a administração Trump durante um show em Manchester, Inglaterra, atacando sua “corrupção” e “incompetência”. Trump revidou chamando o cantor de “superestimado” e questionando seu talento. “Nunca gostei dele, nunca gostei de sua música, ou de sua política de esquerda radical e, mais importante, ele não é um cara talentoso, apenas um idiota autoritário e desagradável”, escreveu Trump nas redes sociais.

O ex-presidente chegou ao ponto de pedir uma “grande investigação” sobre Springsteen e outros músicos que apoiaram Kamala Harris. Mas o Boss mantém sua postura crítica, classificando as políticas de imigração de Trump como “nojentas” e chamando-o de “idiota”. “Estamos vivendo um momento terrível da história, onde o Congresso se castrou e os limites que antes restringiam esse tipo de liderança se desintegraram”, declarou o músico de 75 anos.

Curiosamente, apesar da animosidade pública, os dois foram vistos a poucos metros de distância durante o US Open, criando um momento de tensão silenciosa que espelha as divisões profundas na sociedade americana. Para Springsteen, essas divisões são terreno fértil para demagogos: “Essas condições são propícias para um demagogo. Essas coisas precisam ser abordadas se quisermos viver na América de nossos melhores anjos”.

Mesmo criticando Trump, Springsteen não poupou os democratas, afirmando que o país está “desesperadamente precisando de um partido alternativo eficaz, ou que o Partido Democrata encontre alguém que possa falar com a maioria da nação”. Segundo ele, há um problema com a linguagem que os democratas usam e a forma como tentam alcançar as pessoas.

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Nascida na Argentina mas radicada no Brasil há mais de 15 anos, Daniela achou na música sua linguagem universal. Formada em radialismo pela UNESP, virou pesquisadora criativa e firmou seu pé no jornalismo musical no portal Popload. Gateira, durante a semana procura a sua próxima banda favorita e aos finais de semana sempre acha um bom show para assistir.





Fonte: rollingstone.com.br

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