O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (19) uma proclamação que impõe o pagamento de uma taxa de US$ 100 mil para solicitações para o programa de vistos H-1B.
A mudança havia sido adiantada pela agência Bloomberg e pela emissora CNN.
O argumento da gestão Trump é que a medida é necessária para conter o uso excessivo dos vistos H-1B, um visto temporário para estrangeiros trabalharem em áreas que exigem conhecimento teórico ou técnico avançado, como nas áreas de tecnologia, engenharia e medicina.
O argumento do republicano é que a concessão excessiva desses vistos prejudica a contratação de trabalhadores americanos. “Precisamos de ótimos trabalhadores, e isso [mudança] praticamente garante que é isso que vai acontecer”, disse Trump no Salão Oval da Casa Branca, ao assinar a medida.
“A ideia é que as grandes empresas tecnológicas e outras grandes companhias parem de capacitar trabalhadores estrangeiros”, disse o secretário de Comércio, Howard Lutnick, durante o ato para a assinatura do documento, de acordo com a Agência EFE.
“Terão que pagar o salário integral ao empregado [além de US$ 100 mil pelo visto]. Não é rentável. Se forem capacitar alguém, que seja um recém-graduado de uma das melhores universidades de nosso país. Que capacitem americanos. Chega de trazer estrangeiros para ocupar nossos empregos”, acrescentou Lutnick, que alegou que “todas as grandes empresas estão de acordo” com essa nova política.
De acordo com a Bloomberg, Trump também determinou que a Secretaria do Trabalho inicie um processo de regulamentação para revisar os níveis salariais vigentes para o programa H-1B, com o objetivo de limitar o uso desses vistos para reduzir salários que, de outra forma, seriam pagos a trabalhadores americanos.
Segundo a CNN, em uma ordem separada, Trump também determinou a criação do chamado Cartão Dourado, um documento que vai acelerar a concessão de vistos para imigrantes que pagarem uma taxa de US$ 1 milhão e que também permitirá que uma empresa pague US$ 2 milhões para acelerar o processo para um trabalhador estrangeiro que ela patrocina.
“Só vamos aceitar pessoas extraordinárias, que estejam no topo”, disse Lutnick, sobre o Cartão Dourado.
Fonte: Revista Oeste