Segundo análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente à semana de 12 a 18 de setembro e divulgada nesta quinta-feira (18), o mercado brasileiro de milho segue estável, apesar do leve viés de alta em algumas regiões. O levantamento mostra que a média gaúcha recuou para R$ 61,92/saco, enquanto as principais praças do estado mantiveram valores entre R$ 59,00 e R$ 60,00. Nas demais localidades do país, os preços oscilaram entre R$ 46,00 e R$ 64,00/saco. De acordo com o Cepea, “o suporte dos preços em algumas regiões estaria vindo da firme demanda interna e da posição mais cautelosa de vendedores, que limitam o volume disponível”.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção total brasileira de milho em 2024/25 será 21% superior à do ano anterior, alcançando 139,7 milhões de toneladas. O plantio da nova safra de verão 2025/26 atingiu 17% da área prevista no Centro-Sul até 11 de setembro, concentrando-se nos três estados do Sul, segundo a AgRural. No Paraná, a semeadura chegou a 44% da área, com 98% das lavouras em boas condições. Em todo o país, a Conab indicou 14,7% da área semeada até 13 de setembro, frente à média de 12,9% dos últimos cinco anos, segundo o Deral.
As primeiras estimativas privadas para a nova safra de verão projetam produção de 25,5 milhões de toneladas no Centro-Sul em 2025/26, leve aumento de cerca de 700 mil toneladas sobre o ano anterior. Analistas atribuem o resultado esperado à melhoria da produtividade, que pode chegar à média de 7.072 quilos/ha (117,9 sacos/ha), e ao aumento de 3% na área plantada, passando a 3,6 milhões de hectares. A produção total do país poderá alcançar 142,5 milhões de toneladas, segundo a Safras & Mercado. A área nacional prevista é de 21,6 milhões de hectares em 2025/26, alta de 1,4% sobre o ano anterior.
As exportações brasileiras de milho somaram 3,06 milhões de toneladas nos primeiros dez dias úteis de setembro. A média diária ficou 0,1% abaixo do resultado de setembro de 2024. O preço médio pago por tonelada subiu 2,2% no período, atingindo US$ 198,80, conforme a Secex. No Mato Grosso, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custeio do milho para a safra 2025/26 fechou agosto em R$ 3.295,32 por hectare, alta de 0,48% sobre o mês anterior. O Custo Operacional Efetivo subiu 0,33%, para R$ 4.782,75/ha, e o Custo Operacional Total atingiu R$ 5.372,17/ha, incremento de 0,28% frente a julho. O relatório observa que “o preço ponderado do cereal já não é suficiente para cobrir essas despesas”.
Fonte: AGROLINK