O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou que a disseminação de armas, principalmente as de uso restrito, é um fator central em assassinatos violentos registrados no país, incluindo o caso do ex-delegado-geral paulista Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na última segunda-feira em Praia Grande, São Paulo.
Segundo o ministro, políticas anteriores contribuíram para o aumento do número de armas em circulação, sobretudo no segmento dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).
“No passado recente houve uma política de disseminação dessas armas sem controle. O atual governo está tentando agora, neste momento, fazer um controle dessas armas, sobretudo com relação aos CACs”, opinou Lewandowski.
Ele lembrou, em entrevista aos jornalistas, que muitas das armas estão nas mão de cidadãos sem qualquer relação com o crime. “Então, essas armas estão muitas vezes em mãos de pessoas honestas, de boa-fé, que são atiradores, são caçadores, são colecionadores, mas, muitas vezes, e, na maior parte das vezes, essas armas caem nas mãos dos do crime organizado”, avaliou.
Lewandowski ofereceu forças de segurança federais para São Paulo
Lewandowski reiterou que já dispôs das forças de segurança federais ao governo de São Paulo para colaborar na investigação do assassinato do ex-delegado-geral. O governo de São Paulo criou uma força-tarefa para identificar e prender os assassinos.
“O assassinato do ex-delegado-geral Ruy muito nos preocupa, realmente, porque foi um assassinato brutal e isso mostra o nível de violência que, infelizmente, graça aqui no Brasil e também em outros países. Não é uma exclusividade nossa do Brasil”, sustentou mais tarde, durante audiência da comissão especial que analisa a PEC da Segurança Pública, na Câmara dos Deputados.
Fonte: Revista Oeste