A apresentação de Mariah Carey no The Town, em São Paulo, dividiu opiniões. Mais do que a música, no entanto, outro aspecto chamou a atenção: a pouca movimentação da cantora durante o show.
Essa, porém, não foi uma exclusividade do festival brasileiro. Mariah tem permanecido praticamente imóvel no palco, em especial, desde que sofreu um grave acidente em 2013.
Na época, ela estava gravando um videoclipe para a canção “#Beautiful”, em Nova York, quando caiu de uma plataforma e precisou ser levada às pressas para um hospital.
A princípio, foi divulgado (via CNN) que Carey havia deslocado o ombro. No entanto, Nick Cannon, marido da cantora, deu mais detalhes à Today e revelou que ela também sofreu outras lesões:
“Foi bem sério. Ela não só deslocou o ombro, como também quebrou uma costela e… lascou o osso do ombro.”
O que Mariah Carey diz sobre o acidente
A própria Mariah Carey comentou sobre o tombo posteriormente e disse que minimizou seu impacto em um primeiro momento.
Ao site USA Today, Mariah afirmou:
“Foi muito sério e eu minimizei a gravidade da situação. Desloquei meu ombro e minhas costelas. Houve danos nos nervos.”
O talento da artista
Ao contrário de outras divas, Mariah Carey naturalmente se movimenta e dança pouco no palco para priorizar o canto. Ela é considerada uma das vozes mais marcantes da música pop mundial.
Mariah é conhecida principalmente por conseguir atingir cinco oitavas, ou seja, repetir uma nota em cinco diferentes níveis de altura, indo do mais grave ao mais agudo com facilidade.
Quando quer explorar seu vocal agudo, Mariah faz uso do chamado whistle register, ou “registro do apito” em português. A técnica representa o registro mais agudo que a voz humana consegue alcançar, podendo ser até imperceptível ao ouvido humano em alguns casos.
Por que show no The Town foi “estranho”
Em texto para a Rolling Stone Brasil, o editor-chefe Felipe Grutter avaliou:
“O que se viu no palco foi uma cantora fora de ritmo e aparentemente desconfortável, desviando olhares para os lados e recorrendo com frequência ao teleprompter — até mesmo para falar sobre o novo disco. […] Prejudicado pelo baixo volume do som, até seu ponto forte, a música, acabou comprometido. As longas trocas de figurino — que deixavam a banda tentando, sem êxito, entreter a plateia — e as saídas constantes de palco esfriaram ainda mais o público, que aos poucos se dispersava. […] Um show que tinha tudo para ser memorável acabou se tornando uma experiência fria e decepcionante.”
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Fonte: rollingstone.com.br
