O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (16) um processo contra o jornal The New York Times, no qual pede US$ 15 bilhões ao jornal, a quatro repórteres e à editora Penguim Random House por artigos críticos ao republicano.
“O ‘The New York Times’ foi autorizado a mentir e me difamar livremente por muito tempo e isso acaba, AGORA!”, escreveu Trump em uma publicação em sua própria rede social, a Truth Social.
O processo por calúnia e difamação contra o jornal será apresentado no estado da Flórida, conforme detalhado pelo presidente republicano.
Trump acusa o jornal de ter se tornado um “porta-voz do Partido Democrata de Esquerda Radical” e alega que seu apoio à candidata democrata, Kamala Harris, nas últimas eleições foi “uma grande contribuição ilegal para uma campanha eleitoral”
“O Times se envolveu, por décadas, numa rede de mentiras sobre o seu presidente favorito (eu), minha família, meus negócios, o movimento American First, o MAGA (Make American Great Again), e nosso país como um todo”, disse o republicano.
O presidente já havia processado o Times anteriormente por artigos sobre suas finanças e impostos que o jornal publicou em 2018, com base em parte em documentos provisórios.
Trump pediu em seu primeiro processo o pagamento de US$ 100 milhões em danos, mas um juiz rejeitou o caso e decidiu que o presidente deveria pagar cerca de US$ 400 mil ao jornal e a três de seus repórteres pelos custos legais que tiveram durante o processo.
Em sua publicação na Truth Social, Trump também relembra seus processos “bem-sucedidos” contra algumas redes de televisão de “notícias falsas”, segundo ele.
Entre outros casos recentes, Trump processou as redes de televisão ABC News e CBS e depois chegou a acordos extrajudiciais em que as emissoras concordaram em pagar somas milionárias que seriam destinadas à sua futura biblioteca presidencial.
Em julho, Trump entrou com um processo contra o The Wall Street Journal, a News Corp – conglomerado que engloba o jornal -, o proprietário deste, Rupert Murdoch, e dois redatores por atribuírem a ele uma carta enviada ao financista Jeffrey Epstein, que morreu em 2019 e foi acusado de tráfico sexual de menores.
O Times não se manifestou sobre o processo até o momento da publicação.
Fonte: Revista Oeste