A disputa pelos direitos da franquia O Massacre da Serra Elétrica parece finalmente ter chegado ao fim. De acordo com Jeff Sneider, do portal The InSneider, a guerra judicial teve a A24 como vencedora. Diversos estúdios, cineastas e plataformas estavam envolvidas na negociação, incluindo a Netflix, a Blumhouse e a Universal, esta última por meio da produtora Monkeypaw, de Jordan Peele (Corra!).
De acordo com Sneider, o projeto vencedor envolve o ator Glen Powell (Todos Menos Você) e o produtor Roy Lee (A Hora do Mal). Originalmente, a proposta da dupla seria para uma série de TV. Em paralelo, Lee também havia apresentado a ideia de um longa-metragem, em parceria com a Netflix, mas a ideia não deve seguir em frente, já que a proposta da A24 saiu vencedora. Resta aguardar para saber como veremos Leatherface em breve.
Por que os direitos de O Massacre da Serra Elétrica estão em disputa judicial?
A franquia O Massacre da Serra Elétrica está no centro de uma disputa judicial por dois motivos principais: um histórico de contratos mal resolvidos e o crescente valor comercial da marca. O filme original, lançado em 1974 e dirigido por Tobe Hooper em parceria com o roteirista Kim Henkel, foi um sucesso de bilheteria, feito com apenas US$ 140 mil, arrecadou mais de US$ 30 milhões. No entanto, os lucros foram mal distribuídos, e os criadores, especialmente Henkel, alegam que foram financeiramente prejudicados.
Desde então, Henkel passou décadas tentando recuperar os direitos sobre a obra. Amparado por uma lei de direitos autorais dos Estados Unidos que permite a reversão dos direitos aos autores após 35 anos, ele vem usando esse dispositivo para reivindicar o controle sobre o filme original e sobre personagens como o icônico Leatherface.
Hoje, Henkel lidera a produtora Exurbia Films, ao lado de Pat Cassidy e Ian Henkel. A empresa é responsável por negociar os direitos da franquia e está no centro das conversas com grandes estúdios interessados em reviver a marca. A agência Verve, que representa os direitos desde 2017, conduz as negociações.
O impasse, porém, não se resume ao licenciamento. A disputa envolve também questões sobre controle criativo, canonicidade e divisão de lucros de futuras produções. Em jogo estão os rumos da franquia e seu potencial comercial, que, atualmente, pode render centenas de milhões de dólares, principalmente diante do novo apetite da indústria por reboots de clássicos do terror.
Fonte: The InSneider
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Angelo Cordeiro é repórter do núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo. Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas, escreve sobre filmes desde 2014. Paulistano do bairro de Interlagos e fanático por Fórmula 1. Pisciano, mas não acredita em astrologia. São-paulino, pai de pet e cinéfilo obcecado por listas e rankings.
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Fonte: rollingstone.com.br