Na posição de uma das principais bandas de rock a surgir no Brasil nos últimos 15 anos, o Black Pantera já tocou em vários dos maiores festivais do país, a exemplo de Lollapalooza, Knotfest, Best of Blues and Rock, Porão do Rock e por aí vai. O trio formado em Uberaba (MG) também tem construído uma história com o Rock in Rio e seu evento irmão, The Town.
Em 2022, os irmãos Charles (voz e guitarra) e Chaene da Gama (voz e baixo) e o baterista Rodrigo Pancho (bateria) estrearam no festival carioca logo no palco Sunset, considerado o segundo principal, em performance conjunta ao lado do Devotos. Causou estranheza, porém, quando em 2024 foram escalados para tocar no palco Supernova, interpretado como um dos espaços paralelos e sem transmissão ao vivo dos canais Multishow ou Bis.
Já na atual edição do The Town, mais especificamente no último domingo, 7, estiveram como headliners do palco Quebrada. Mesmo com sua apresentação exibida pelo Bis, mas ficou a sensação de que deveriam ocupar um espaço maior, como o Skyline ou The One, os principais do festival paulistano.
Será que Charles, Chaene e Pancho sentem ter sofrido uma espécie de “downgrade”? Em entrevista à Rolling Stone Brasil, os músicos ofereceram seus pontos de vista.
Rodrigo Pancho, inicialmente, declarou:
“Honestamente, acho que somos muito privilegiados por tocarmos em festivais mainstream. Tocamos em pubs para 200 a 300 pessoas até hoje. Acho um privilégio. Além disso, estamos fechando o palco Quebrada. Se em cada ano tocarmos em um palco dessa família Rock in Rio/The Town, será maravilhoso. Particularmente, não sinto [um downgrade]. Estamos fechando um palco, mesmo que seja um palco alternativo. Será transmitido ao vivo. Ano passado não foi.”
Por sua vez, Chaene da Gama afirmou:
“Foi legal abrir o Sunset, depois da pandemia, foi um momento histórico. Teve transmissão. E é incrível ver o poder da transmissão de um canal como o Multishow. Ficamos nos assuntos mais comentados do Twitter na época, ganhamos uns 30 mil seguidores no Instagram, isso reverbera também nos streamings. […] O Charles já pensa que, para o próximo, poderíamos tentar algo maior. Falei: ‘calma, vamos trabalhando, estamos fazendo da maneira certa’. Sabemos que a produção do Rock in Rio está vendo e somos muito gratos.”
Charles, ao fim, arrematou:
“Normalmente, parece assustador que três pessoas dominem um palco daquele tamanho [como os principais do The Town e Rock in Rio], mas vejo que conseguimos fazer isso tranquilamente. Nosso show é sempre assim, seja com 10 pessoas ou 2 mil pessoas. Estamos galgando. Que bom que já estamos nesses espaços no festival, é maravilhoso, abre leques maravilhosos. Mas se uma hora pintar [espaço em palcos maiores], pode ter certeza de que daremos conta.”
O futuro do Black Pantera
Além de cumprir agenda de shows, o Black Pantera prepara a gravação de um trabalho audiovisual ao vivo. Será no dia 19 de novembro, no Circo Voador, Rio de Janeiro. Os ingressos estão à venda no site Eventim.
Também conforme antecipado em entrevista à Rolling Stone Brasil, o trio tem composto músicas inéditas. A ideia é lançá-las em um novo álbum de estúdio, o quinto da carreira, no ano que vem.
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Fonte: rollingstone.com.br