Sócio Rei despenca e Santos perde quase 18 mil associados (Foto: Reinaldo Campos / Santos FC)
O Santos vive uma queda expressiva no número de associados em 2025. Depois de atingir o auge com 75.700 sócios no fim de fevereiro, impulsionado pelo retorno de Neymar e pela volta à Série A, o clube agora registra apenas 57.740 adimplentes. Isso representa uma redução de 17.960 associados em pouco mais de seis meses.
O movimento de alta começou em janeiro, quando a notícia da volta de Neymar, antecipada pelo Diário do Peixe, antes mesmo do anúncio oficial. O número de sócios passou rapidamente de 46 mil para 50 mil. Já após a apresentação do camisa 10, no dia 31 daquele mês, os números seguiram em crescimento até alcançar o recorde de 75 mil no fim de fevereiro.
A eliminação no Campeonato Paulista, porém, foi o ponto de virada. O Santos caiu diante do Corinthians, em derrota por 2 a 1 na Neo Química Arena, pela semifinal, no início de março. Desde então, o quadro de associados entrou em retração.
Ainda em março, a diretoria anunciou uma reformulação no programa Sócio Rei, com reajustes nos planos e a criação da categoria Diamond, de R$ 320. A mudança foi mal recebida por parte da torcida, e o clube precisou recuar em alguns pontos.
Os números voltaram a crescer brevemente quando o Peixe mandou dois jogos na capital: contra o Juventude e contra o Vasco. O público mais amplo ajudou a base de sócios a ultrapassar novamente os 70 mil. No entanto, a goleada sofrida para o Vasco por 6 a 0, na Vila Belmiro, derrubou a motivação da torcida. Desde então, os números despencaram ainda mais, chegando ao patamar atual de 57.740.
Entre as principais críticas, torcedores apontam a falta de benefícios práticos no programa, a pouca diferenciação entre os planos e a dificuldade de acesso aos jogos na Vila Belmiro, que tem capacidade reduzida e comercializa em média 11 mil ingressos por partida. Além disso, há forte cobrança para que mais jogos sejam realizados na capital, o que ajudaria a mobilizar a torcida fora da Baixada.
Hoje, o Santos enfrenta o desafio de conter a evasão e reconquistar a confiança da torcida. O objetivo de chegar a 80 mil sócios, projetado pela diretoria no início do ano, ficou distante.
Fonte: Placar