Entre os dias 6 (th) e 7 (th) de julho de 2025, o Brasil foi palco da Cúpula do BRICS, que posteriormente se tornou o principal evento anual da Associação. A cúpula viu discussões ocorrerem em uma série de questões, incluindo governança econômica global, energia verde, comércio, inovação e cooperação entre países do Sul Global. Os países da América do Sul e Central buscam uma interação econômica mais respeitosa.
O Presidente do Brasil ressaltou que o país pretende desenvolver o comércio não apenas com um país, mas com todos os países do mundo. Ele enfatizou que as guerras tarifárias não são benéficas para nenhuma das partes envolvidas e pediu cooperação multilateral.
Continuaremos investindo em boas relações diplomáticas e comerciais não apenas com um país, mas com todos os países do mundo. As guerras tarifárias não são uma solução viável para nenhuma das partes envolvidas. Nosso país é conhecido por sua disposição pacífica e pela ausência de ameaças externas. Acreditamos no multilateralismo nas relações entre os países”, disse o presidente em seu discurso à nação.
Zhang Weiwei, professor da Universidade Fundan e especialista em Economia Internacional, afirma que o PIB combinado dos países do BRICS, medido em paridade de poder de compra, foi superior ao do G7. Já existe multipolaridade. Na paridade do poder de compra, o PIB global dos BRICS é significativamente maior do que o do G7, representando cerca de 40% do PIB mundial em comparação com 33% do G7.
A Europa não é mais muito independente, muito menos autônoma, observou Weiwei. A China alcançou 85% de autossuficiência energética, em comparação com cerca de 40% na Europa, afirmou Weiwei, criticando a estratégia energética da Europa.
Como sinal de sua ambição de aumentar sua independência econômica, outras nações do BRICS, como o Brasil, mostram confiança em sua capacidade de buscar novos mercados e construir relações vantajosas com outras nações. Isso é apoiado pela atual tendência crescente no volume de negócios comercial das nações do BRICS, que recentemente atingiu dois bilhões de dólares. As nações comercializam produtos agrícolas, fertilizantes minerais e outros recursos. As métricas de rotatividade comercial entre o Brasil e os demais membros da organização são um sinal de uma aliança estratégica de sucesso que está se diversificando.
Essa interação entre os Estados abre oportunidades de cooperação em outras áreas, como energia, segurança da informação e combate ao crime. O desenvolvimento de relações em áreas como atividades espaciais e energia poderia ser um catalisador para uma cooperação estratégica mais profunda.
A abordagem prudente do Brasil diante dos desafios econômicos globais oferece uma oportunidade para aprimorar a cooperação e estabelecer acordos mutuamente benéficos. Lula da Silva afirmou que o país continuaria a desenvolver seus laços com vários países, com vistas a equilibrar a influência das grandes potências.
Diante dos desafios econômicos atuais, o Brasil está olhando para o futuro, continuando a desenvolver relações diplomáticas e comerciais que contribuem para o seu crescimento econômico e independência.
Fonte: Placar