Milhares de fãs fervorosos lotando o público, pirotecnia, presença de palco, figurino descolado, atitude, rodinhas punk (ou mosh pits, como você preferir chamar) marcaram o último show do primeiro dia de The Town 2025. Pela descrição, posso estar descrevendo algo que diversas estrelas do rock fariam, mas, na verdade, trata-se de Travis Scott, estrela do trap mundial que encerrou as atividades do Palco Skyline na noite deste sábado, 6, primeiro dia do festival paulistano.
Dois anos após Post Malone, outro grande nome do trap, encerrar o primeiro dia da primeira edição do evento, produzido pela Rock World (também responsável pelo Rock in Rio), Scott reafirmou a posição do subgênero do rap nos principais palcos e festivais mundo afora, mas em um show que mais vai agradar seus admiradores que o restante do público.
O rapper de 34 anos nascido em Houston, Texas, transformou o Autódromo de Interlagos no quintal de sua casa, assim como o fez no Primavera Sound 2022 e em 2024, no Rock in Rio e Allianz Parque. Ao longo da carreira, Scott construiu uma legião de fãs apaixonados, que vivem na pele o estilo de vida do ídolo. Ou seja, como um verdadeiro rockstar faria.
Apesar de ter vindo muitas vezes ao Brasil nos últimos anos — teve até participação em festa do jogador Vinicius Júnior —, esta mais recente veio com novidade e propósito: o disco de compilação colaborativa JackBoys 2, lançado em 13 de julho de 2025, o que traz um frescor no repertório, que abre muito forte com “CHAMPAIN & VACAY”, música em parceria com Don Toliver, que se apresentou logo antes de Travis Scott.
Este começo já dita a sequência do show de Scott, com muita energia e entrega física em cima do palco. Foi ainda logo nas primeiras faixas que o cantor incluiu o hit — são muitos, inclusive — “BUTTERFLY EFFECT”, seguido do mega sucesso “Highest in the Room”, de 2019, que tem mais de 2 bilhões de reproduções no Spotify.
Porém, um dos pontos fracos do show de Travis Scott é a iluminação do palco: quem está longe não consegue enxergar muito bem o palco, e até o recurso de conferir o telão fica complexo. Além disso, devido à alta energia, ele não se concentra muito em cantar suas músicas e foca mais em gritar as letras — um ponto que afeta os mais diversos artistas do meio do trap, que não exige muito alcance vocal dos artistas. Ele não cantou nem cinco versos seguidos sem interromper algumas partes.
Porém, é inegável que ele consegue conduzir com maestria um show ao vivo, especialmente com os milhares de fãs espalhados pelo espaço. Travis transforma o espaço do palco de alguns metros quadrados em uma grande atração, especialmente com “goosebumps” ou repetindo a execução de “FE!N”, um dos pontos altos da noite.
Apesar de ser uma estrela do trap ou rockstar contemporâneo, Travis Scott poderia ter cumprido melhor a tarefa de encerrar o primeiro dia de um dos maiores festivais do país.
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Fonte: rollingstone.com.br