O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), escolheu um correligionário governista para relatar a CPMI do INSS, que pretende investigar a fraude contra aposentados e pensionistas do órgão. Em uma mensagem publicada nesta sexta (15), nas redes sociais, Motta anunciou o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator do procedimento.
O pedido de CPMI para investigar a cobrança indevida de mensalidades de associações foi protocolado pela própria oposição no começo de maio, mas Motta definiu que a base governista é quem ficará com os postos-chave do colegiado. Além de Ayres, a comissão será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que ocupou a mesma posição durante os trabalhos da CPI da Covid-19, em 2021.
“Assumo a relatoria da CPMI do INSS com a responsabilidade de conduzir um trabalho técnico, imparcial e transparente. Nosso compromisso é apurar com rigor todas as denúncias de irregularidades que possam ter prejudicado aposentados e pensionistas, garantindo que os culpados respondam pelo que fizeram e que os direitos de cada beneficiário sejam preservados”, afirmou Ricardo Ayres nas redes sociais.
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Na semana passada, Ayres atacou o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), por afirmar que colocaria o projeto de lei da anistia em votação assim que assumisse interinamente a presidência da casa em uma eventual viagem internacional de Motta. O recado foi dado em meio ao anúncio de que a oposição iria ocupar a mesa diretora tanto da Câmara como do Senado em protesto pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não vejo qualquer sentido, ou mesmo praticidade, na fala do vice-presidente Altineu. A pauta é definida pelo presidente da Casa, que escuta, de maneira democrática, o colégio de líderes”, atacou e entrevista à Carta Capital.
Os acenos ao governo seguiram dias depois ao fazer um elogio ao ministro Alexandre Padilha, da Saúde, e na última terça (12) ao receber militantes da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Fonte: Revista Oeste