A Casa Branca realizará uma revisão abrangente das exposições e materiais da Instituição Smithsonian – responsável por alguns dos principais museus públicos dos Estados Unidos – para garantir, segundo o governo, a preservação dos “valores duradouros da história americana”.
A medida atende o decreto assinado pelo presidente Donald Trump que busca “restaurar a verdade e a sanidade” nos museus dos EUA. Ela determina que as exposições feitas em museus que recebem financiamento federal reflitam narrativas históricas unificadoras e precisas para os americanos, sem vieses ideológicos ou divisivos.
Segundo informações veiculadas nesta terça-feira (12) pela imprensa dos EUA, a solicitação de revisão da Casa Branca foi formalizada em carta enviada ao secretário da Instituição Smithsonian, Lonnie Bunch III, pedindo que oito museus de Washington, D.C. – entre eles o Museu Nacional de História Americana, o Museu Nacional de História Natural e a Galeria Nacional de Retratos – participem da primeira fase da revisão. Outras unidades serão incluídas na etapa seguinte.
Segundo o documento, cada museu deverá apresentar em 30 dias um inventário completo das exposições atuais e futuras, planos de programação para o 250º aniversário dos EUA, orçamentos e diretrizes internas. Haverá visitas presenciais e entrevistas com curadores, e, em até 120 dias, os museus deverão iniciar “correções de conteúdo quando necessário”, substituindo linguagem considerada ideologicamente tendenciosa por descrições “historicamente precisas e construtivas”.
A direção do Smithsonian afirmou que analisará a carta e que manterá seu compromisso com “excelência acadêmica, pesquisa rigorosa e apresentação factual da história”, trabalhando de forma construtiva com a Casa Branca, o Congresso e o Conselho de Regentes.
A rede Smithsonian é o maior complexo de museus do mundo, com 21 instituições e o Zoológico Nacional, e recebe cerca de 17 milhões de visitantes por ano, com entrada gratuita na maioria de suas unidades.
Fonte: Revista Oeste
